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 | Fabrice Coffrini/AFP
| Foto: Fabrice Coffrini/AFP

5 anos

Durou a hegemonia da russa Yelena Isinbaieva no salto com vara. A sequência acabou no Mundial de Roma, quando a recordista mundial não conseguiu superar o sarrafo a 4,75 m (uma vez) e 4,80 m (duas vezes).

A nossa retrospectiva

Fim de ano traz o obrigatório ritual da reflexão e da projeção. Reflexão sobre tudo o que foi feito nos 12 meses anteriores. Projeção daquilo que pode melhorar nos 12 seguintes. É seguindo essa lógica que a Gazeta do Povo Esportiva de hoje foi concebida. Uma edição especial, com o melhor e o pior de um ano de trabalho duro para quem cobre esporte.

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2009 estabeleceu um novo parâmetro nas mais velozes provas do atletismo mundial. A questão deixou de ser quem vencerá. Mas sim o quão estarrecedor será o novo recorde de Usain Bolt e como será o show do jamaicano antes, durante e depois da prova. Hoje – e provavelmente pelos próximos anos – não há ninguém capaz de batê-lo nos 100 m e 200 m rasos. No Mundial de Berlim, Bolt venceu a prova mais nobre com o tempo 9s58. Na sua especialidade, cravou 19s19. Marcas que os estudiosos só imaginavam ver registradas em duas ou três décadas. Aos tempos extraterrestres, juntam-se as passadas folgadas nos metros finais, a distância absurda para os rivais e uma série de gestos e danças antes e após a prova. Na Alemanha, Bolt ainda ganhou um companheiro, o ursinho Berlino, mascote do Mundial, que posou ao seu lado com o já famoso gesto do raio. Única maneira de alguém acompanhar ombro a ombro o jamaicano.

E Federer chorou - 15% (foto 1)

Cena comum em 2009 foi ver Roger Federer chorando. Os motivos foram variados. Em janeiro, lágrimas de quem via seu reinado ruir. Batido por Rafael Nadal no Aberto da Austrália, admitiu estar sofrendo com a pressão de bater o recorde de Grand Slams vencidos de Pete Sampras. Em Melbourne, o próprio Sampras, Bjorn Borg e Rod Laver esperavam para coroá-lo. A marca caiu onde Federer menos esperava, no saibro de Roland Garros. O primeiro título em Paris o consagrou como maior da história: choro de alívio. A reconquista de Wimbledon veio ao natural e a perda do US Open para Juan Martin Del Potro soou como acidente de percurso para quem voltou a fechar uma temporada como número 1. Fora da quadra, Federer também chorou. Em julho, Mirka, sua mulher, deu à luz gêmeas. Lágrimas de alegria.

Infidelidade - 12% (foto 2)

A notícia nasceu desencontrada e cheirando à meia-verdade. Tiger Woods havia batido o carro a pouco menos de 60 km/h e estava internado em estado grave. Os ferimentos não eram tão sérios. Mas a história, sim. Antes de bater, Woods havia discutido com sua mulher, a sueca Elin Nordegren, por causa de um caso extraconjugal dele. A história caiu no colo da imprensa dos EUA, que terminou o ano discutindo a infidelidade de Woods e por que uma celebridade negra tinha uma pequena coleção de amantes ao estilo Barbie. Woods assumiu a infidelidade e se afastou por tempo indeterminado do golfe.

Sexualidade em dúvida - 10% (foto 3)

Caster Semenya venceu os 800 m rasos do Mundial de Atletismo 2,5 segundos à frente da segunda colocada. Mas o que chamou a atenção do mundo inteiro foi sua aparência. A sul-africana de 18 anos levantou suspeitas sobre sua sexualidade. A Associação das Federações Internacional de Atletismo (Iaaf) contribuiu para piorar a situação ao revelar que investigava a possibilidade de a atleta ser hermafrodita. Semenya foi recebida como heroína em seu país e teve as conquistas mantidas.

O inferno de Phelps - 10% (foto 4)

De modelo esportivo para crianças e adolescentes a mau exemplo. O conceito sobre Michael Phelps foi de um extremo a outro em poucos meses. A boa imagem, construída na Olimpíada de Pequim, desceu pelo ralo da piscina ao virem à tona fotos de Phelps fumando maconha em uma festa universitária. Perdeu pa­­tro­­cínios e recebeu gancho de três meses e multa – livrou-se do pro­­ces­­so judicial. A volta de fato ocorreu no Mundial de Roma, onde conquistou cinco medalhas de ouro.

Supermaiôs vetados - 4% (foto 5)

"Nenhum atleta poderá usar equipamento ou traje que o ajude a obter velocidade, flutuabilidade e resistência durante as competições". Em poucas linhas, a Federação Internacional de Natação decretou o fim dos "recordes de borracha" nas piscinas mundiais. Determinada em julho, a abolição dos supermaiôs, como este da alemã Brita Steffen, serão substituídos por materiais mais simples ou, em último caso, pelos velhos calções.

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