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No sábado, o atleticano Javier Toledo selou a boa fase abrindo o placar contra o Cascavel e ainda dando o passe para mais três gols na goleada por 5 a 0. Um dia depois, Ariel Nahuelpan novamente saiu do banco de reservas para salvar o Coritiba, contra o Corinthians-PR, na vitória por 2 a 1.
De jogadores contestados, os argentinos da dupla Atletiba chegam com o moral alto para a fase decisiva do Estadual. O atleticano, cada vez mais dono da segunda função ofensiva do Rubro-Negro. O coxa-branca, garantindo quase na marra a sua escalação com gols decisivos.
Na opinião de especialistas, contudo, é só na boa fase que os rivais se parecem. Técnica e força, individualidade e coletividade ou regularidade e explosão se cruzam em uma comparação feita pelos comentaristas Édson Militão (CNT e PFC), Aírton Cordeiro (Gazeta do Povo e Transamérica), Dionísio Filho (Gazeta do Povo e Banda B) e Raul Plassmann (RPC TV). Nenhuma dessas características ainda é capaz de definir quem está em vantagem.
Estilo de jogo
A opinião é unânime: Ariel e Javier têm características opostas. Enquanto o alviverde é um jogador de força e individualismo, até aqui o rubro-negro se destaca pelo toque de bola e coletividade. "O Toledo é um jogador de mais habilidade, já o Ariel é um rompedor. A impressão que eu tenho é que o Toledo encaixou melhor no time do Atlético", afirma Cordeiro. "O Ariel tem o estilo mais antigo do argentino, é trepidante. Já o Toledo é mais moderno, mais assistente do que conclusivo", fala Militão.
Adaptação
Ariel demorou mais para se adaptar ao futebol brasileiro. Chegou ao Coritiba após a janela do começo de 2008, direto do Nueva Chicago, sem experiência internacional. Ficou treinando, só estreou em agosto e levou quase meio ano para se firmar. Com a chegada de Bill em fevereiro, voltou à reserva.
Toledo foi contratado pelo Atlético em fevereiro, do Al-Ahli, da Arábia Saudita. Em poucos dias foi registrado e logo conquistou a titularidade, embora o próprio técnico Leandro Niehues admita que o ritmo de trabalho no Oriente Médio prejudicou sua condição física. "Para mim, a adaptação do jogador depende da capacidade técnica. E o Toledo é mais habilidoso do que o Ariel", opina Dionísio.
Relação com a torcida
Ariel já é ídolo pela raça e gols. Toledo foi contestado no começo, mas na partida contra o Corinthians-PR, ao ser substituído por Leandro Niehues, ouviu o treinador ser chamado de burro.
"O Ariel provoca um relacionamento de amor e ódio com a torcida. Já o Toledo não é um cara que vai explodir de amores com a torcida", Militão. "O Ariel tem duas coisas que o torcedor gosta: faz gols e tem garra. Já no caso do Toledo vai depender ainda dos próximos jogos", analisa Raul Plassmann.
Clássicos
Nesse quesito reside uma grande parcela do sucesso de um atleta na dupla Atletiba. Ariel, por enquanto, leva larga vantagem, pois é uma realidade. Fez três gols em Atletiba e dois contra o Paraná. Toledo é uma incógnita: atuou apenas contra o Coxa. Mas, ainda sem o preparo físico ideal, foi muito mal. Domingo, contra o Paraná, terá sua segunda chance.
"O Ariel é uma realidade, pois além de fazer gols importantes, faz gols em clássicos. E isso consagra um jogador", opina Dionísio.
Origem
Os dois atletas começaram em equipes pequenas da Grande Buenos Aires, em regiões separadas por uma avenida. Javier Toledo era do Chacarita Juniors; Ariel do Nueva Chicago. Em três anos, o atual jogador do Coxa entrou em campo 47 vezes e fez 21 gols. Na sua última passagem pelos Funebreros, o atleticano atuou 28 vezes e marcou 15 tentos. Os dois foram ídolos por lá. História que procuram repetir no capítulo paranaense da sua rivalidade pessoal.
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