O opositor

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Luiz Linhares, presidente do Engenheiro Beltrão, está revoltado com o fato de ter mandado a final do Paranaense sub-20, ontem, com o Coritiba, em Apucarana. Tem em mãos uma entrevista da Rádio Cultura (Maringá) de Reginaldo Cordeiro, chefe de vistorias da Federação Paranaense de Futebol, dizendo que o estádio do clube não apresenta motivos para veto. Carta magnaO engenheiro da FPF, durante a entrevista, diz que jogos do sub-20 não necessitam de laudos de segurança, mas a "Federação é a lei maior". Com isso, Linhares deduz que sofre perseguição política. "Nem as bolas do campeonato eu recebi. Tive de comprar", diz.Contragolpe

Hélio Cury, presidente da FPF, rebate: "O Linhares tem um problema sério. Ele fechou o campo dele e agora diz que o local é bom. Se ele mesmo pediu para o Ministério Público interditar o estádio, quando queria mudar a sede do seu clube para Maringá, vou eu dar condições?"

Multicartola

Cury intensifica o contra-ataque: "Ele (Linhares) mandou um documento para a Polícia Militar dizendo que faria todas as obras. Ali, ele virou engenheiro, arquiteto, virou tudo."

Ritmo incerto...

Luiz Linhares também ataca o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR. Ele diz que protocolou uma ação há 51 dias e até agora a demanda não foi levada à pauta de julgamento.

...Atraso certo

O TJD, a propósito, tem 11 dias para o julgamento da questão Arapongas e Operário – caso que emperra as definições sobre a tabela do Esta­dual-2010.

Choro

O dirigente do Engenheiro, ainda na linha da perseguição, considerou ruim a tabela do Estadual. Questiona o porquê de jogar seis em casa e sete fora. Também não gostou de receber o Paraná numa quarta-feira, pois o estádio local não tem iluminação.

Gasolina verde

O Atlético descartou qualquer possibilidade de reforçar o bicho dos jogadores (a fim de motivar o grupo na luta contra a degola). De acordo com o presidente Marcos Malucelli, a premiação por vitória foi definida na sétima rodada em comum acordo e não será alterada.

Conexão

Ivo Petri, técnico do Trieste, está trabalhando como consultor informal do Rio Branco, de Paranaguá. Douglas, Alisson, Giovani e Ioiô (todos do clube amador) já foram para o time parnanguara.

Despedida?

Petri, que ostenta três títulos da suburbana (2004, 06 e 07), agora está tentando convencer o zagueiro Nem, que pendurou as chuteiras e também defende o time de Santa Felicidade, a jogar o Paranaense-2010.

Apito da vez

Héber Roberto Lopes, 37 anos, é o árbitro com mais jogos no Brasi­leiro. O londrinense foi indicado ao prêmio Craque Brasileirão. Ho­je apita o duelo entre Goiás e São Paulo – encontro pode dar o título aos paulistas. Ainda está pré-selecionado à Copa de 2014.

O vídeo

Um vídeo com o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, chamando os são-paulinos de "bambis" circula na internet. O fato ocorreu no dia 17 de outubro, em uma festa de comemoração do aniversário da escola de samba Mancha Alviverde. "Vamos matar os bambis!", disse o dirigente palmeirense. Para justificar, o dirigente disse que o que foi dito "faz parte da linguagem de futebol". http://tinyurl.com/matarbambi

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Entrevista

Giovani Gionédis, advogado e ex-presidente do Coritiba (entre 2002 e 2007).

O senhor foi presidente do Coritiba em 2005. Qual conselho daria para evitar uma nova queda?

Olha, faltam duas rodadas e não existe milagre, porém vou me preservar e não comentar nada. Agora, neste momento difícil, não farei a oposição irresponsável que fizeram comigo. Não quero fazer críticas destrutivas. Inclusive, fui procurado pelos coxanautas e evitei falar sobre o clube.

É verdade que o sr. pode voltar ao clube na eleição do conselho gestor?

Agora, não! Nesta atual gestão, não existe tal possibilidade. É incompatível com o meu método de trabalho. Esperava uma sequência na política de saneamento financeiro do clube, mas vejo a diretoria buscar dinheiro em banco outra vez. Não é possível.

Quando o Coritiba caiu, o sr. disse que o erro foi vender muitos jogadores...

Negociamos o Rafinha, Miranda, Fernando e Adriano. O Coritiba era o quinto colocado antes dessas saídas. Porém, a comissão técnica (o trei­nador era Cuca) disse que não havia necessidade de repor o elenco. Um equívoco. Mas tem um detalhe: nossas vendas foram todas para o exterior. Atualmente, os jogadores são repassados para fundos de investi­mento.

Ações emergenciais, como bicho e mala-branca, ajudariam o Coritiba a ficar na Série A?

O dirigente deve fazer isso, algo normal no futebol. Porém, não adianta oferecer R$ 10 milhões e ficar tranquilo. Se dinheiro fosse tudo, os EUA seriam campeões do mundo. No meu tempo, por exemplo, tudo isso foi feito – e até psicólogo foi contratado.

Colaboraram Robson De Lazzari e Carlos Eduardo Vicelli.