Falkenstein – distrito de Königstein, falkenstein, a próxima parada da seleção brasileira, promete ser o paraíso do técnico Carlos Alberto Parreira.

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Ao contrário da festiva Weggis, de onde o time partiu ontem para Genebra, a casa do Brasil para a primeira fase da Copa do Mundo tem tudo para ser sinônimo de privacidade e concentração. Fatores impossíveis de conseguir em meio ao oba-oba da escala na Suíça. Hotel fechado exclusivamente para a delegação e treinos sem a presença de público formarão o ambiente de introspecção exigido pelo treinador às vésperas do início do Mundial.

O foco principal da paz verde-amarela será o Kempinski Hotel Falkenstein, um recanto cinco estrelas utilizado principalmente como spa, um verdadeiro refúgio situado longe de qualquer indício de agitação.

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Luxuoso e com uma vasta quantidade de verde, o local tem 105 quartos divididos em oito edifícios que se comunicam entre si por meio de um túnel aquecido no subsolo – daqueles parecidos com abrigo anti-aéreo dos filmes de guerra. A diária custa 225 euros (R$ 675) por pessoa.

Até ontem, véspera do desembarque brasileiro nas terras germânicas, somente um manequim vestido com o uniforme canarinho na recepção e um par de vasos com flores nas cores da seleção indicavam a chegada iminente dos hóspedes ilustres. Erro reparado no meio da tarde, quando duas bandeiras do Brasil foram fixadas no lado de fora da entrada. E só.

Nada de excessos. Bem ao encontro do discurso de Parreira, cansado de tanta exposição. Como a maioria dos quartos não tem vista para a rua, nem mesmo uma espiada pela janela deve lembrar aos jogadores o alarde que segue a caravana do melhor futebol do planeta.

Tamanha preocupação em manter a privacidade do elenco gera até exageros. O português Leonardo Felipe da Silva, funcionário do Kempinski Hotel, se negou a falar sobre a vinda dos craques à cidade. Na Alemanha há 20 anos, alegou que o assunto era vetado pela direção.

Oportunidade única

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Menos obediente, a camareira Natália Pacheco não escondeu a emoção de saber que terá a oportunidade de ver de perto os ídolos de seu país.

"Estou maravilhada com a vinda da seleção para cá. É uma emoção enorme trabalhar no hotel em que estarão Ronaldo e Ronaldinho", revelou, sem se aprofundar no tema proibido.

O pouco contato com os torcedores, provavelmente apenas de longe, deve ocorrer no caminho para o campo de treinamento, a Arena Zagallo. E será curto. O trajeto leva apenas quatro minutos. Quando a bola rolar, somente a imprensa terá acesso garantido – o único treino aberto na Alemanha ocorre quinta-feira, em Offenbach.

A decisão de manter o público do lado de fora cumpre determinação da Fifa, mas também da polícia local, que temia não poder dar a segurança adequada para a acanhada praça de esportes.