O Paratiba que encaminhou o penta

Ricardinho foi um dos 23 pentacampeões mundiais com a seleção. No entanto, antes da conquista de 2002, o talentoso meia já tinha no currículo outro penta: com o Paraná, time que atualmente dirige.

O quinto título consecutivo do Tricolor no Estadual veio em 1997. Um dos jogos mais marcantes da campanha daquele ano foi, justamente, a partida que deixou o time da Vila Capanema com a mão na taça.

O contexto era o seguinte. Octo­­gonal final do Paranaense; o Tricolor alcançou a penúltima rodada da fase decisiva com um ponto a mais do que a dupla Atletiba. Pela frente, o clássico com o Coxa e a necessidade de vitória para as duas equipes.

Naquele 1.º de junho, o Pinheirão recebeu quase 16 mil torcedores, a maioria paranista. Ricardinho – artilheiro do time no Estadual – duelaria com o meia Alex, que fazia sua despedida com a camisa do Alviverde.

O equilíbrio, estampado na tabela de classificação, foi por água abaixo. O atual técnico tricolor acertou uma bola na trave logo no início do jogo. Depois, Caio Júnior ainda teve um gol anulado. A vantagem no placar veio no fim do primeiro tempo, quando Ricardinho cobrou es­­can­­teio e Lamônica cabeceou para as redes.

No segundo tempo, o Coritiba voltou mais agressivo. Mesmo assim, sucumbiu. Denílson fez 2 a 0 em chute de fora da área. Aos 42 minutos, o golpe de misericórdia: Mazinho Loyola cruzou da direita e Claudinho marcou o terceiro gol. Na comemoração, foi abraçado por Ricardinho (foto).

Depois do 3 a 0, os paranistas não arredaram o pé do Pinheirão. Esperaram o fim do jogo do Atlé­­tico, que apenas empatou com o Apucarana e deixou o Tricolor muito perto do título.

As páginas desta Gazeta do dia seguinte destacaram: "Paraná Clube virtual pentacampeão". Era apenas uma questão de tempo mesmo. Bastou superar o União Bandeirante na última ro­­dada para os tricolores levantarem a taça do penta.