• Carregando...

Luiz Carlos Barbieri, 48 anos, assumiu o cargo de Lori Sandri, no Paraná, com um discurso oposto ao do antecessor, responsável pela sua indicação ao sexto colocado no Campeonato Brasileiro. Sai a preocupação prioritária em não cair para a Série B, mesmo com o clube ocupando os primeiros lugares na tabela, entra a aposta na vaga da Libertadores – e no título nacional.

"O projeto é chegar mais longe. Uma equipe bem qualificada como a nossa tem que almejar algo a mais. Temos condições para isso. O campeonato está bem parelho e todas as equipes podem pensar numa Libertadores. Quem sabe até no título", afirma.

Dono de metas ambiciosas, o técnico desdenha de quem insiste em comparar o Tricolor com a Ponte Preta. Líder com Vadão, a Macaca amargou sete derrotas seguidas e estacionou na intermediária 11.ª colocação.

"Como você vai prever que uma troca de treinador vai fazer a equipe cair? Ou contrário, fazê-la crescer? Isso é relativo. Temos que ter tranqüilidade e continuar somando os pontos. O Lori recebeu uma boa proposta para deixar o clube. A única alternativa do Paraná era substituí-lo", explica.

Barbieri já foi a campo no seu primeiro dia de trabalho. Apresentado no início da tarde, trocou de roupa e comandou um treinamento na Vila Capanema.

Essa é a segunda vez que o gaúcho de Erechim substitui Lori no comando de um time. No começo deste ano, coube a Barbieri reformular o Criciúma após a equipe ser rebaixada para a Segunda Divisão do Nacional pelas mãos do mestre. Em sua segunda experiência como treinador de futebol (dirigiu o Guarani entre 2003 e 2004), ele não decepcionou: conquistou o título catarinense em cima da revelação Atlético, de Ibirama.

O primeiro grande êxito em menos de dois anos de carreira moldou a personalidade do ex-jogador de Guarani e Corinthians. Convicto de suas qualidades, Barbieri fez lembrar por alguns instantes, em sua primeira entrevista em Curitiba, outro ex-comandante paranista: o atual assistente técnico de Vanderlei Luxemburgo no Real Madrid, Paulo Campos.

"Eu sou um cara muito ambicioso. Vejo um futuro muito promissor para mim. Em pouco tempo de carreira, eu já tenho um título importante. Conquistei o que muitos treinadores ainda não têm", gaba-se.

Adepto do futebol força da escola gaúcha, Barbieri não pensa, pelo menos por enquanto, em modificar a estrutura de jogo do time. Permanece o 3–5–2, bem como a forte marcação. "Eu gosto de equilíbrio. Qual equipe joga bonito hoje? Time que não marca dificilmente consegue êxito", afirma. "Quero conhecer o grupo todo primeiro. Mas a minha idéia é mexer em pouca coisa, especialmente no início", diz ele, que vai estudar com a diretoria a necessidade de reforços para a equipe.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]