Teresópolis (AE) Primeiro, observar. Se possível, ganhar. Essa é a lógica da seleção brasileira para o jogo de hoje com a Bolívia, às 17 horas (de Brasília), na altitude de 3.600 metros de La Paz. O técnico Carlos Alberto Parreira abriu mão de sete titulares para ver em ação atletas que disputam as poucas vagas restantes para o Mundial de 2006. Com um time misto sem entrosamento, ele sabe dos riscos de o Brasil voltar para casa com resultado ruim, apesar de a Bolívia estar em último lugar nas Eliminatórias da Copa da Alemanha, sem condições de brigar pela classificação.
Essa inversão de prioridades não incomoda a comissão técnica. Parreira quer fazer testes que podem ser definitivos na escolha dos 23 convocados para o Mundial. Manteve, no entanto, durante a semana, o discurso de que o Brasil precisa vencer a Bolívia e a Venezuela, na quarta-feira, para tentar superar a Argentina e acabar as eliminatórias na liderança. Estabeleceu essa meta para motivar os jogadores. Mas eles parecem não ter assimilado muito bem o que disse o treinador.
Para vários atletas de ponta, como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Roberto Carlos, o objetivo da seleção era garantir com antecedência a presença no Mundial. Nenhum dos três viajou para La Paz. Mas como são "formadores de opinião na seleção", com influência direta sobre os mais jovens, pode-se afirmar que a partida só terá importância real para quem ainda não está com o nome na lista definitiva de Parreira.
"Será uma oportunidade especial para observar alguns jogadores. É uma pena que tenhamos de levar 23 para a Copa. Não se trata de experiência porque todos aqui já mostraram capacidade para integrar a seleção", disse o técnico.
Ele relacionou 26 para as partidas com Bolívia e Venezuela. Na verdade, o técnico só tem quatro dúvidas. No gol, a tendência é que Gomes fique como quarta opção e Marcos reassuma sua condição de convocável. Na lateral-esquerda, Gilberto e Gustavo Nery devem atuar um tempo cada. Se alguém se sobressair, pode deixar o concorrente para trás. Do meio para a frente, Alex, Ricardinho, Júlio Baptista e Ricardo Oliveira lutam por duas vagas.
Depois dos últimos confrontos pelas eliminatórias, o Brasil vai disputar dois amistosos em novembro um contra os Emirados Árabes, o outro, ainda sem adversário definido e mais um jogo em março de 2006, única data reservada pela Fifa para compromissos das seleções nacionais. Parreira tem dito que ainda pode esperar por essas partidas para completar a lista. Mas, na verdade, ele quer ficar livre de dúvidas já a partir do confronto com a Venezuela.
Em La Paz
BolíviaArias; Raldes, Jáuregui, Vaca, Pachi e Galindo; Angulo, Cristaldo e Gutiérrez; Paz e Botero. Técnico: Ovidio Messa.
BrasilJúlio César; Cicinho, Luisão, Roque Júnior e Gilberto; Gilberto Silva, Renato, Juninho e Ricardinho; Robinho e Adriano. Técnico: Carlos Alberto Parreira.
Estádio: Hernando Silles. Horário: 17 horas (de Brasília). Árbitro: Jorge Larionda (Uruguai). Auxs.: Fernando Cresci (Uruguai) e Walter Rial (Uruguai).
Bolívia x Brasil, às 17h, na Globo/ RPC.
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Não há inflação baixa sem controle de gastos: Banco Central repete alerta a Lula
De 6×1 a 4×3: PEC da redução de jornada é populista e pode ser “armadilha” para o emprego
Deixe sua opinião