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Há pouco mais de um mês no São Paulo, o zagueiro Miranda vem conquistando a confiança de Muricy Ramalho e garantindo presença no sistema defensivo do time paulista. Emprestado pelo Sochaux da França ao líder do Brasileiro para vestir a camisa 5 deixada por Lugano, esse paranaense de Paranavaí estreou como titular contra o São Caetano e, desde então, não sentou mais no banco de reservas. Aos 22 anos, reconhece que como todo jogador de futebol sonha com a seleção brasileira e que ainda está construindo seu estilo de jogo, baseado nos bons exemplos dos companheiros de posição. Campeão paranaense em 2004 pelo Coritiba, dentro da Arena, João Miranda de Souza Filho declara seu carinho pelo time que o revelou para o mundo do futebol. Além disso, confessa que gostaria de voltar a vestir a camisa alviverde no futuro.

Apelido – Não tenho nenhum apelido, no futebol sou conhecido só como Miranda. Minha família me chama pelo meu nome (João).

Clube de infância – Eu sempre torço para o time em que estou jogando, não torço para nenhum outro. Quando estou na minha cidade gosto de prestigiar o time de lá (Atlético Paranavaí).

Pontos positivos – A simplicidade e a humildade, que também se refletem no futebol. É importante ser humilde para saber a hora certa de jogar, de agir.

Pontos fracos – Não sei quais são os meus pontos negativos, mas sempre trabalho muito para não ter nenhum.

Ídolos – No futebol eu não tenho nenhum, mas eu gostava de ver o Gamarra jogar. No esporte, meu ídolo é o piloto Ayrton Senna.

Eu jogo como... – Eu estou tentando fazer meu estilo. Não tenho um estilo parecido com o de outros jogadores, apenas copio o que acho que eles têm de bom e tento melhorar. Eu vejo, por exemplo, a qualidade técnica do Gamarra.Melhor momento – O melhor momento foi a conquista do título paranaense (jogando pelo Coritiba, em 2004). Agora estou passando por um bom momento, pois estou tendo a oportunidade de jogar no São Paulo, que é um dos maiores times do Brasil.

Pior Momento – Nunca tive um momento muito ruim. O mais difícil foi quando sai do interior para jogar no Coritiba, por causa da adaptação. Mas isso me serviu como lição, me ensinou a dar valor às coisas que eu tenho. Carreira – Eu sempre traço objetivos. Meu maior sonho é jogar na seleção brasileira, como todos os jogadores de futebol sonham. Nesse caminho outros objetivos vão sendo alcançados, como jogar em grandes times.Melhor jogador que enfrentou – O jogador que me deu mais trabalho foi o Alexandre, que jogava no Irati e depois jogou comigo no Coritiba (hoje está na Arábia). É bom quando o atacante dá trabalho porque assim eu tenho oportunidade de mostrar o meu jogo.

Melhor jogador com quem jogou – Não tem um melhor jogador com quem eu já tenha jogado, o que importa mesmo é o grupo, e o grupo em que estou é muito bom.

O melhor elogio – Os elogios são sempre bons porque mostram que seu trabalho está sendo reconhecido. Um dos melhores elogios que recebi foi na França, quando fui considerado como uma das maiores revelações do campeonato francês.

Se não fosse jogador de futebol... Não sei o que seria, mas com certeza não teria um trabalho muito pesado, teria um trabalho bom , porque sempre estudei bastante e era um bom aluno. Mas é difícil saber, porque sempre apostei todas as minhas fichas no futebol.

Maior influência – Quem mais me influenciou foi meu irmão Vicente, que era chamado de Piu e que também jogava. Na região em que a gente morava ele era conhecido como craque. Ele até teve propostas para jogar em times grandes, mas preferiu trabalhar para ajudar a família. Toda a minha família me incentivou muito, mas quem me influenciou mesmo foi ele.Música – Eu gosto de pagode, desde samba de raiz até o pagodinho mesmo, como Revelação e Jeito Moleque. Eu também gosto de forró, gosto muito de um grupo da minha cidade, o Herança. Na temporada que eu passei na França eu comecei a gostar muito do rap da Diam’s (rapper francesa). Carro – No Brasil não dá pra ter um carro que chame muita atenção, principalmente em São Paulo. Eu tenho um Astra, mas não sou muito apaixonado por carro, o que importa é o conforto. Eu gosto mesmo é de viajar, conhecer lugares novos, diferentes. O lugar de que mais gostei no exterior foi Paris, e no Brasil, Porto de Galinhas.

Um sonho realizado – Um sonho que eu realizei foi dar uma casa boa para a minha mãe e melhores condições para a minha família. Eu sempre soube que o único jeito que eu tinha para ajudar minha família era jogando futebol.

O Coritiba – Eu tenho muito carinho pelo Coritiba, que sempre me apoiou e foi o time que me revelou. Eu fiz muitos amigos e sempre que posso eu vou visitá-los no clube. Eu pretendo voltar a jogar no Coritiba, se um dia eu puder.

Em cinco anos eu pretendo estar... – O futuro a Deus pertence. Eu sempre busco aproveitar o dia de hoje, viver o presente. Daqui a cinco anos eu posso nem estar mais aqui, então eu sempre aproveito o momento.

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