Flagrada pela segunda vez na carreira em um exame antidoping, a brasileira Mariana Ohata provavelmente viu sua carreira ser encerrada prematuramente. Aos 30 anos, ela escapou de ser banida do esporte, mas recebeu como punição pela reincidência uma longa pena de seis anos de suspensão. Teria, então, de voltar às competições com 36 anos. A atleta teve o castigo confirmado ontem pela União Internacional de Triatlo (ITU) e é retroativo, valendo a partir do último dia 2.
Os exames realizados pela brasileira na etapa de Iowa da Copa do Mundo, em junho, acusaram a presença de furosemida, que está na lista de diuréticos e agentes que mascaram outras substâncias. Mariana, que já disputou três olimpíadas, estava preventivamente proibida de disputar qualquer competição por 60 dias. Com o resultado positivo da contraprova, feita dia 21 de agosto, está oficialmente afastada pela entidade. A assessoria do clube Pinheiros, ao qual ela está ligada, chegou a afirmar que um chá oferecido no hotel durante a prova nos EUA teria sido responsável pelo incidente.
Em 2002, nos Jogos Sul-Americanos do Rio, Ohata foi flagrada por uso de dietil propiol, um derivado de anfetamina. Acabou inocentada posteriormente. Em sua defesa, alegou que ingeriu o produto de maneira inconsciente, por meio de um suplemento alimentar.