A renovação de contrato do atacante Pedro Oldoni, de 20 anos, com o Atlético, assinada ontem, pode ser o primeiro passo para a solução de um problema que vem preocupando a torcida: o caso Dagoberto.
Sentados à mesma mesa, dirigentes do clube e procuradores que trocaram farpas recentemente via imprensa chegaram ao acordo que selou a permanência do atleta por mais quatro anos no Rubro-Negro. Como Oldoni é representado pela mesma empresa de Dagoberto, a Massa Sports, pode ser um prenúncio de paz entre as partes e de um acerto para a renovação de contrato do maior ídolo da torcida na atualidade. "Uma luz no fim do túnel", como definiu Naor Malaquias, da Massa.
Há uma semana, o presidente do Conselho Gestor do Atlético, João Augusto Fleury, jogou no ar que Dagoberto, incentivado por seus empresários, estaria enrolando para não fazer um novo acordo antes de julho quando seu compromisso com o clube entra no último dos cinco anos e a multa rescisória cai para 20% do valor original em negociações nacionais.
Apesar do estremecimento da relação entre a diretoria rubro-negra e a Massa Sports, as duas partes se mantiveram abertas a negociar. Foi assim que resolveram as diferenças no caso Oldoni. O salário acertado (R$ 7 mil) é bem maior do que o proposto inicialmente pelo clube (R$ 650). Além disso, o atacante se tornará dono de parte dos próprios direitos federativos.
Apesar da aproximação, Fleury fez a ressalva de que a negociação envolvendo Dagoberto é mais complicada. "São coisas bem diferentes. Quanto a isso, a situação não melhorou e nem piorou", disse o presidente. A esperança da torcida atleticana é que anteriormente o caso Oldoni também era considerado de difícil trato.
Depois de um período de recuperação física, Dagoberto voltará a treinar com bola na semana que vem e pode debutar em 2006 no jogo do fim de semana diante do Galo Maringá, na Arena, provável estréia do técnico alemão Lothar Matthäus.
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