Apesar dos bons resultados da seleção feminina de ginástica no Mundial de Stuttgart - as meninas conseguiram classificar a equipe para as Olimpíadas e Jade Barbosa foi a primeira brasileira a levar o bronze no individual geral - o técnico Oleg Ostapenko mostrou desânimo no desembarque da delegação verde-amarela em São Paulo.
O treinador, que deu uma entrevista antes do Mundial na qual dizia que Daiane dos Santos competia apenas para ajudar a seleção, voltou a afirmar, em declaração exclusiva ao GloboEsporte.com, que a ginasta não tem mais condições de brigar por pódios.
- Daiane tem muitos problemas com o corpo, sente muitas dores. É até comum treinar e sentir dor na ginástica, mas no caso dela é acima do normal. Ela tem problemas no joelho, no pé e no tornozelo. O que ela faz é ajudar, sua presença na equipe é muito importante. Mas competiu desta vez com um nível muito baixo (foi a pior brasileira no solo na final por equipes). Para ela, acabou. Tenho dúvidas até se ela vai às Olimpíadas - afirma.
A gaúcha de 24 anos, no entanto, não será o único problema para a seleção. Para Oleg, mesmo que vá a Pequim, outra ginasta já pode dar adeus às chances de medalha: Laís Souza, de 18 anos, tida como uma das revelações da equipe nos últimos anos, também deve ser derrotada pelas dores.
- Daiane e Laís não vão competir em um nível alto nunca mais. A Laís também está competindo em um nível baixo. É muito difícil conseguir os resultados que a gente espera porque ela tem um problema no pé - explica.
Técnico não sabe se deixará seleção em 2008
O técnico, que tem contrato com a equipe brasileira até 2008, disse que pretende descansar e voltar à sua terra natal, mas não deu como certa a sua despedida da seleção. - Eu não posso dizer se eu vou renovar o contrato, porque haverá eleições para a presidência da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) no ano que vem. Como eles vão me convidar para continuar se nem eles sabem se vão continuar? Não sei, eu quero descansar em 2008, voltar à Ucrânia.