As dispensas de cinco jogadores no Coritiba (Marcos Mendes, Guilherme, Lei, Lairson e Rodrigo Santos) não pegaram de surpresa o olheiro que indicou três dessa lista. Entre os que foram embora, Will Rodrigues somente não chancelou as vindas dos dois primeiros.
O observador está sendo criticado por parte da torcida, já que muitos dos que ele trouxe não estão dando resultado. Outro fator de contestação é o sucesso dos garotos da base em detrimento dos reforços.
Tirado do rival Paraná durante o Brasileiro 2006, Will garante que não está preocupado e nem se sente pressionado pelo insucesso de alguns de seus indicados.
Às vésperas do clássico contra o Tricolor (ocorre amanhã, às 16 horas, no Couto Pereira), o olheiro alviverde lembra que não contrata ninguém sozinho, que os atletas que saíram estavam passando por uma avaliação e que até os pratas da casa passaram pelo seu crivo.
"Não me preocupo com isso (dispensas). O Vialle (João Carlos, coordenador) e o presidente (Gionédis) também participaram das contratações. Conversamos para trazer esses jogadores e todos vieram sob contrato de risco sem dar prejuízo ao clube", pondera.
Para Will, existem outros reforços que foram trazidos com a certeza de resultado. Nomes também indicados por ele e que aos poucos estão ganhando espaço. "O Túlio, o Marcelo Bonan, o Edmílson e outros jogadores sabemos que são certos. Não precisam de avaliação. A torcida quer resultado imediato, mas é preciso um pouco de paciência porque nosso grande objetivo é voltar à Série A", ressalta.
Ex-funcionário paranista, ele assegura que o trabalho que faz no Alto da Glória não é diferente do que realizava na Vila Capanema. "O problema é que no Coritiba a pressão pelos resultados é maior por estarmos na Segunda Divisão. Só que quando cheguei ao Paraná a situação era pior. O time estava quase caindo no Estadual e olhe onde está hoje", compara.
O sucesso dos meninos do Couto Pereira (Keirrison, Marlos, Pedro Ken e companhia) também não assusta Will, que diz participar da aparição das revelações. "No fim do ano dispensamos os que subiram e que não passaram nas avaliações (como Renan, Laércio e Tiago Santos). Só ficaram os que tem condição de jogar", revela.