A tão temida Espanha, campeã do mundo e da Europa, não recebeu uma avaliação tão alta assim do olheiro da seleção brasileira, o técnico Alexandre Gallo, responsável pelos relatórios dos adversários. Segundo ele, é o Uruguai, justamente o mais provável adversário do Brasil na semifinal, que apresenta grande perigo."Eu não observei os jogos dos outros times. O nosso observador é o Gallo e ele nos disse que o Uruguai está muito bem armado. E está em excelentes condições. Na opinião dele, é a equipe que melhor se posicionou em campo nesta fase", disse o técnico. "É uma equipe completa, muito bem trabalhada, pelo [Óscar] Tabárez", revelou o técnico Luiz Felipe Scolari.
Satisfeito com o desempenho, Felipão considera a seleção preparada para tentar a vaga na decisão. "O Brasil chega pronto para a semifinal. Não é a equipe pronta para uma série de situações que vamos viver no Mundial. Mas é uma equipe que chegou a esta semifinal porque tem boa qualidade técnica porque a parte tática está bem delineada e porque há uma confiança muito grande entre os jogadores e nossos torcedores", comentou o treinador, que ontem bateu um recorde.
Felipão alcançou 11 vitórias consecutivas pelo Brasil em competições oficiais. Um jogo das Eliminatórias de 2002, todo os jogos da Copa Coreia e Japão e agora mais duas vitória na Copa das Confederações. Estava empatado com Dunga e Vanderlei Luxemburgo.
"O recorde é uma maravilha. Sempre queremos estar em uma situação de ter atingido algo diferente de outros técnicos. É excelente. Vamos atrás do 12.º, 13.º [triunfo] para fazer com que os técnicos que me sucedam tenham dificuldades de me superar", afirmou.
O duelo também serviu para manter um tabu nacional. Desde 1982, quando foi eliminada da Copa do Mundo, a seleção não sabe o que é ser derrotada pelos italianos. Agora são quatro vitórias e três empates.