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Maurren Maggi (foto abaixo) teve um dia quase perfeito. A paulista de São Carlos alcançou 6,79 metros e garantiu com facilidade classificação para a final do salto em distância, programada para a manhã de sexta-feira. Suas chances de pódio aumentaram ainda mais com a inesperada eliminação de Naide Gomes. A portuguesa queimou a linha nas duas primeiras tentativas e foi mal na terceira (6,29 metros). | Kim Kyung-Hoon/ Reuters
Maurren Maggi (foto abaixo) teve um dia quase perfeito. A paulista de São Carlos alcançou 6,79 metros e garantiu com facilidade classificação para a final do salto em distância, programada para a manhã de sexta-feira. Suas chances de pódio aumentaram ainda mais com a inesperada eliminação de Naide Gomes. A portuguesa queimou a linha nas duas primeiras tentativas e foi mal na terceira (6,29 metros).| Foto: Kim Kyung-Hoon/ Reuters
  • A também brasileira Keila Costa disputa a final depois de saltar 6,62 m. Já na final do salto em altura, Jessé de Lima não teve a mesma felicidade. Com a melhor marca em 2,29 metros, o pernambucano terminou em 10º lugar. Caíram antes das finais: Alessandra Resende (lançamento de dardo), Anselmo Gomes (110 m com barreiras) e Evelyn dos Santos (200 m).

"Aquele que conseguir superar a dor terá mais chances de vencer". Com esse pensamento, a paranaense Tândia Spindler, 31 anos, largará hoje, às 22 horas (de Brasília), na marcha atlética de 20 km, prova disputada em ritmo de caminhada em que é proibido ficar com os dois calcanhares suspensos no ar ao mesmo tempo – no popular, vai mais longe quem rebolar melhor.

O Brasil não tem tradição na prova. Vive do esforço de poucos atletas, a maioria concentrada no interior de Santa Catarina, um pouco no Paraná. Talvez por isso Pequim tenha surpreendido um pouco. A poluição da metrópole, a comida temperada e o fuso horário não têm nada a ver com Palotina, a cidade onde ela começou a praticar o esporte. Nem tão pouco com Curitiba, onde mora atualmente.

A dor vem um pouco disso, da dificuldade de respirar que deverá começar lá pelo quilômetro 10 da prova e acompanhar a maioria dos atletas até a chegada, no Ninho de Pássaro – onde muitos não devem nem chegar.

"A poluição é muito grande. Melhora um pouco logo depois que chove. Me senti muita cansada depois dos treinos longos, o que é um dos sinais da poluição. Isso pode atrapalhar", analisa.

Mas Tânia afirma que, por outro lado, está em vantagem. O calor infernal ajuda. Mesmo admitindo que piora tudo, está mais acostumada ao desgaste imposto pelo sol a pino. Ao contrário de suas principais adversárias – a quem não pode perder de vista no começo da prova.

"Com certeza é muito ruim, mas prefiro que esteja quente, pois assim nivela mais a prova. As grandes favoritas, como as russas e bielo-russas, e as demais atletas, além de morar em lugares frios, fizeram sua preparação também em lugares com temperatura baixas. Devem sentir mais o desgaste do que eu."

A melhor colocação brasileira na marcha atlética em uma Olimpíada foi a 48ª colocação em Atenas-2004, com a também paranaense Alessandra Picagevicz. O fato mostra que, mesmo sem a mínima estrutura, a passos de formiga, o esporte evolui. Mas muito pouco para que se pense em medalha.

"Vou fazer o possível para estar entre as 20 primeiras, melhorar a marca. Mas, depois disso tudo, pode acontecer. Estando aqui, todas têm chance. Só não tem quem não veio", diz.

Depois, revela a estratégia na qual apóia o otimismo. "Nos primeiros 5 km vou sentir e estudar o clima, o ritmo e as concorrentes. Para mim, a prova começará realmente depois dos 10 km. O objetivo é buscar as adversárias da frente uma a uma. Vou tentando ganhar uma posição por vez, seja ela qual for."

Na TV

Marcha atlética, às 22 h, no SporTV2

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