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A brasileira Paula Pequeno é um dos trunfos do técnico Zé Roberto na semifinal diante das anfitriãs: preocupação com a ansiedade. | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
A brasileira Paula Pequeno é um dos trunfos do técnico Zé Roberto na semifinal diante das anfitriãs: preocupação com a ansiedade.| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Enquanto o técnico japonês responde em sua língua natal, um tradutor faz a versão chinesa para que outro intérprete consiga reproduzir tudo em inglês. Há tempo suficiente na coletiva de imprensa para Zé Roberto Guimarães conversar com a capitã Fofão, logo após mais uma acachapante vitória na Olimpíada de Pequim – mais um 3 a 0, dessa vez contra o Japão, nas quartas-de-final (25/12, 25/20 e 25/16). O outro finalista sai de Cuba x EUA.

"Quem você prefere na semifinal? China ou Rússia?", pergunta baixinho o treinador – eles estão sentados lado a lado. Fofão nem pensa: "Tanto faz. Estamos preparadas".

Virá a China – amanhã, à 1h30 (de Brasília). De quem o Brasil ganhou as duas últimas partidas e perdeu a anterior. As donas da casa venceram a Rússia por 3 a 2, evitaram que o Brasil tivesse a sua verdadeira revanche de Atenas. É um time rápido, com muita variação de jogadas e uma levantadora, Kun Feng, que surpreende.

"É lógico que conhecer o adversário é importante, mas quando olho para meu time fico tranqüilo", afirma Zé Roberto.

Maior adversário deverá ser a torcida. Todos os jogos da seleção feminina de vôlei da China estiveram lotados. Os ingressos foram os primeiros a esgotar. Mas, outra vez, nada que intimide.

"Primeiro que nós não jogamos em casa faz muito tempo. E já estamos acostumadas com a torcida adversária", afirma a líbero Fabi. A maior preocupação dela é com o estilo de jogo das novas adversárias. "Rápidas e uma defesa que toca bastante. Vai ser pedreira, mas nessa fase não podemos escolher adversário".

"Elas estão acostumadas com a torcida contra. E essa torcida é diferente. Não é agressiva. Eles batem palmas e só", complementa o treinador.

A única preocupação de Zé Roberto é com a ansiedade que começa a tomar conta do grupo. Por as partidas serem disputas com intervalo de um dia, ao contrário do Grand Prix, quando ocorrem diariamente, o elenco começa a se mostrar irrequieto.

"Se pudéssemos jogar hoje (ontem) à noite, jogaríamos", diz. Mas faz questão de dizer que isso nada tem a ver com o que ocorreu em 2004, na Grécia. "Não venham querer comparar. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Pegamos um grupo fácil, só com a Itália. Depois vieram os Estados Unidos e vencemos por 3 a 2. Não estava como está aqui. Daquilo não se aproveita nada."

Do time titular que atuou na Grécia, seis atletas continuam no grupo: Fabiana, Mari, Fofão, Valeskinha, Walewska e Sassá.

Na TV

Cuba x EUA, à 1h30, na ESPN Brasil, SporTV e BandSports.

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