Sergio Aguero comemora o gol em homenagem a seu filho que irá nascer; genro de Maradona foi o carrasco brasileiro ao fazer dois gols| Foto: HOANG DINH NAM/AFP

Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos

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Riquelme arranca soba marcação de Lucas
Messi tenta passar entre Breno e Rafinha
Diego Armando Maradona assiste o jogo segurando uma criança; Ídolo argentino vibrou com a vitória argentina e os dois gols de seu genro Sergio Aguero
Messi faz jogada sobre Anderson e Rafinha; Argentino desequilibrou a defesa brasileira
Aguero e Anderson batalham no meio de campo
Aguero comemora um de seus gols contra o Brasil
Aguero e Di maria comemoram gol argentino
Messi passa por Anderson
Riquelme cobra o pênalti no meio do gol de Renan e faz o terceiro gol argentina
Lucas acerta e pisa Javier Mascherano; Brasil mostrou falta de equilíbrio emocional no final da partida
Lucas recebe cartão vermelho pela falta em Mascherano
Thiago Neves recebe cartão vermelho por falta violenta em Mascherano
Argentinos comemoram a vitória sobre o Brasil por 3 a 0
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O Brasil foi massacrado pela Argentina por 3 a 0 nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Pequim, na manhã desta terça-feira no Estádio dos Trabalhadores em Pequim. Quem esperava um duelo entre Messi e Ronaldinho, acabou vendo um show da orquestra do argentino, com solos dele, de Riquelme e de Aguero. E o pior de tudo: a Seleção Brasileira se descontrolou emocionalmente na segunda etapa, quando teve dois jogadores expulsos por apelarem para a violência sobre os argentinos.

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O primeiro tempo foi com bastantes lances agudos, principalmente da Argentina, que controlava melhor a posse de bola. A zaga brasileira dava espaços em algumas jogadas e Messi criava seu próprio espaço.

Aos 11 minutos, Rafinha partiu pela direita e cruzou rasteiro. Rafael Sóbis estava na passada errada e passou pela bola. No lance seguinte, Lionel Messi deu a resposta quando driblou a defesa brasileira e chutou na rede pelo lado de fora.

A zaga brasileira até que desarmou bem nesta primeira etapa, quando a Argentina trouxe perigo a cada subida especialmente de Messi e Riquelme. Quando a bola passava, os brasileiros contaram com a sorte ou a falta de pontaria albiceleste. Como aos 32 minutos, quando Riquelme bateu uma falta na barreira e no rebote, Zabaleta lançou Messi, que bateu no peito e chutou cruzado sem nenhum pé argentino para pôr para dentro.

Aos 40, Rafinha dá um presente para Messi, que pôs a defesa para dançar e obrigou Renan a fazer uma grande defesa. Aos 42, Hernanes chutou por cima após bola trabalhada pelo time brasileiro.

O primeiro tempo terminou, de certo modo, com lucro para o Brasil, com a Argentina mais aguda em campo. Mas o prejuízo brasileiro estava por vir no segundo tempo.

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Aos 7 minutos, a casa brasileira começa a desabar. Angel Di Maria recebeu a bola na ponta direita e cruzou, Sergio Aguero entrou e, de barriga, mandou para dentro do gol. Alegria argentina, especialmente de Diego Armando Maradona, que estava no estádio e vibrou com o gol de seu genro, pai da criança que sua filha espera. Foi o primeiro gol sofrido por Renan nos Jogos Olímpicos.

No lance seguinte, aos 8, o Brasil parecia acordar ao colocar uma bola na trave com Rafael Sóbis. Aos 9, Aguero perdeu a chuteira no gramado. Ao recuperá-la, deve ter calibrado o pé mais ainda.

Aos 10, Rafinha quase fez encobrindo o goleiro em chute lateral, mas aos 12, Aguero viu a "calibragem" funcional. Riquelme cobrou falta, a Argentina trabalhou bem a bola com Messi, Riquelme, Messi novamente, Di Maria, que devolveu para Messi, que desmontou a defesa brasileira com uma arrancada e bateu no meio para o oportunista Aguero mandar para o gol e comemorar mais um gol.

Aos 19, o Brasil chegou a esboçar uma reação com Alexandre Pato – que acabara de entrar – fazendo o gol após lance de falta em posição de impedimento. Devidamente anulado pelo bandeirinha Mauricio Espinosa, que minutos antes tinha sentido uma contusão na panturrilha.

Aos 21, Anderson fez falta em Mascherano e levou amarelo, começando a espiral descendente da calma brasileira. Aos 27, Alex Silva levou vantagem sobre Messi, mas Breno chegou fazendo falta, não levando outro amarelo (tinha levado no primeiro tempo) por sorte. No lance seguinte, aos 29, Breno mostrou mais desequilíbrio e cometeu pênalti. Rafinha reclamou da marcação e levou amarelo.

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Juan Roman Riquelme, aos 30, cobrou o pênalti no meio do gol e decretou o resultado que não acontecia desde 1964. O Brasil não perdia da Argentina por 3 gols de vantagem desde quando o presidente brasileiro era o militar Humberto de Alencar Castelo Branco e Dunga não era nem nascido.

Aos 35, Lucas acertou uma bordoada em Mascherano e levou o vermelho. Aos 38, Thiago Neves fez igual e foi apresentado ao mesmo cartão. O Brasil, além de perder na bola, perdeu a cabeça. E a Argentina diminuiu o ritmo do jogo e não fez mais porque não quis.

Com o sonho do ouro destruído, só resta ao Brasil buscar o bronze às 8h de sexta-feira contra a Bélgica. Já os argentinos buscarão o bi e a revanche de 1996 em cima da Nigéria, às 3h de sábado.