A China caprichou na construção do imponente Cubo D'Água, palco da natação, dos saltos ornamentais e do nado sincronizado na Olimpíada de Pequim. O suntuoso centro aquático custou US$ 143 milhões (algo em torno de R$ 230 milhões) desse total, US$ 25 milhões (R$ 40 milhões) foram doados pelo bilionário Henry Fok, de Hong Kong. A magnitude da obra, contudo, ficará em segundo plano a partir de 9 de agosto, quando os nadadores caírem na água, tamanho a quantidade de estrelas.
A lista de "celebridades das raias" é puxada pelo fenômeno Michael Phelps, para muitos como o brasileiro César Cielo o melhor nadador de todos os tempos. O americano desembarca no Oriente com a intenção de destronar o compatriota Mike Spitz, que em Munique-1972 levou para casa sete medalhas douradas. As chances são boas. Em Atenas-2004, o atleta ficou em primeiro lugar seis vezes, além de terminar na terceira posição em outras duas oportunidades. No Mundial do ano passado, venceu as sete competições que disputou. Desta vez, o fenômeno das águas obteve índice em oito provas.
Há ainda outros fora de série logo abaixo de Phelps na hierarquia das estrelas. O grupo é extenso, composto pelos norte-americanos Ryan Lochte (uma prata e um ouro em Atenas), os australianos Eamon Sullivan, Leisel Jones, Libby Lenton e Grant Hackett (recordista dos 800 e 1.500 livre), os franceses Alain Bernard (recordista dos 50 m e 100 m livre) e Laure Manaudou e o holandês Peter van den Hoogenband.
No Brasil, o paulista César Cielo e o carioca Thiago Pereira são os grandes astros de uma equipe que pode voltar ao pódio em Pequim. "Michael Phelps e Ryan Lochte são, na minha opinião, os dois maiores nadadores do mundo hoje. Para batê-los é preciso estar muito bem treinado, mas acima de tudo estar muito forte mentalmente e acreditar que é possível derrotá-los. A maioria dos nadadores já entra na prova pensando que o primeiro e segundo lugar têm dono", comenta Cielo, em entrevista por e-mail.
O nadador obteve índice nas duas provas mais rápidas da natação, os 50 m e 100 m livres, onde baterá de frente com Eamon Sullivan e Alain Bernard, os grandes favoritos. Ele quer fazer da superação a sua arma na busca por um lugar no pódio. "Os franceses, australianos e americanos são os mais rápidos na atualidade, mas Olimpíada é Olimpíada. No momento da prova tenho certeza de que muitas surpresas podem acontecer, como um atleta que não era favorito aparecer e brigar pela medalha", avalia.
Blindado pela mãe, Rose Vilela, que assumiu o gerenciamento de sua carreira após os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, no ano passado, Thiago Pereira está evitando os jornalistas. A estratégia de dona Rose é deixá-lo focado no treinamento para que consiga superar a quinta posição conquistada nos 200 m medley em Atenas. Mais badalado nadador do país, apelidado de Phelps brasileiro por causa das oito medalhas conquistadas no Pan (seis ouros), Thiago irá competir em sete provas na China em quatro delas lado a lado com o Phelps original.Estrelas consagradas ou do segundo escalão, é certo que todos estarão a bordo do LZR Racer, maiô produzido pela Nasa que ajuda na performance dos nadadores. "É com certeza o melhor maiô já feito até hoje. Pode fazer diferença sim", ressalta Cielo.
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