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Ronaldinho Gaúcho tem a chance de se vingar de Camarões, algoz do Brasil em 2000. Apenas ele jogou naquela partida | Daniel Aguilar/ Reuters
Ronaldinho Gaúcho tem a chance de se vingar de Camarões, algoz do Brasil em 2000. Apenas ele jogou naquela partida| Foto: Daniel Aguilar/ Reuters

Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos

Nas duas últimas Olimpíadas que disputou, o Brasil foi eliminado por uma seleção africana no torneio de futebol masculino. Em 1996, caiu para a Nigéria na semifinal. Quatro anos depois, o carrasco nas quartas-de-final foi Camarões, o rival deste sábado(16) pela mesma fase, às 7h (de Brasília), em Shenyang. Entre o time de Vanderlei Luxemburgo em 2000 e o de Dunga nos Jogos de 2008, apenas uma coincidência: Ronaldinho Gaúcho.

A Gazeta do Povo On line acompanha Brasil x Camarões lance a lance a partida das 7 horas deste sábado

Há oito anos, a seleção chegou a Sydney sem nenhum jogador acima de 23 anos, com o escudo da CBF na camisa e uma preparação de 11 amistosos desde 1999, sem contar o Torneio Pré-Olímpico. O sonho do ouro inédito acabou cedo e custou o emprego de Luxa: com dois jogadores a mais, o Brasil perdeu por 2 a 1 (gol de Ronaldinho, então com a camisa 7) na prorrogação para os camaroneses, que acabaram campeões.

Fora das Olimpíadas em 2004, o futebol brasileiro esbarra agora novamente no trauma africano. Para não sofrer de novo, o experiente Ronaldinho, de 28 anos, dá a receita: respeitar sempre o adversário.

- Respeitar o rival é sinal de que sabemos que temos que correr muito, que temos que igualar na força. Esse é o maior respeito que devemos ter – diz o capitão, que evita falar em revanche contra os camaroneses.

Mesmo com o pouco tempo de preparação da equipe olímpica (foram apenas quatro amistosos e sem Torneio Pré-Olímpico), Dunga fez o Brasil ter a melhor campanha da primeira fase dos Jogos de Pequim: o Brasil venceu três partidas, nove gols marcados e nenhum sofrido. Apesar do sucesso inicial, o técnico poderá mudar o time contra Camarões. Alexandre Pato não tem rendido bem, foi substituído em todas as rodadas e pode dar lugar a Rafael Sobis. Na zaga, Thiago Silva, recuperado de lesão, disputa com Breno a vaga ao lado de Alex Silva. O meia Thiago Neves, que marcou duas vezes contra a China, também espera uma chance. Para Ronaldinho, a campanha até aqui já não importa:

- Agora é esquecer tudo que passou, começar do zero. É a primeira final.

No treino de sexta-feira, Dunga fez mistério. Comandou um treino de "dois toques" e fez os jogadores praticarem cobranças de pênaltis, que serão necessárias caso o jogo termine empatado até na prorrogação. Não deu dicas sobre o time. As observações de Jorginho, que viu o empate de 0 a 0 entre Camarões e Itália no estádio, podem ajudar na decisão de Dunga. Uma coisa é certa: a seleção espera um rival ofensivo em Shenyang, o que pode favorecer o estilo de jogo dos brasileiros.

- Se Camarões vier para cima, vai sobrar espaço. Se eles derem brecha, sabemos que nossos atacantes vão marcar – afirma Alex Silva.

Uma vitória sobre os camaroneses encerraria o trauma africano e pode colocar o Brasil frente a frente com seu maior rival: a Argentina. Às 10h (de Brasília), os hermanos encaram a Holanda em Xangai. Se vencerem, brasileiros e argentinos se enfrentam na semifinal de terça-feira, em Pequim.

A outra semifinal será formada pelos ganhadores dos confrontos Itália x Bélgica (7h, de Brasília, em Pequim) e Nigéria x Costa do Marfim (10h, de Brasília, em Qinhuangdao).

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