Cristine Santanna, brasileira que obteve cidadania da Geórgia e representa o país nos Jogos de Pequim, no vôlei de praia, lamentou neste sábado o conflito armado na região e afirmou que a delegação do país nos Jogos perdeu um pouco da alegria por participar da Olimpíada.
"Não há mais aquela felicidade por lá (na Vila Olímpica). As pessoas que estão com a gente estão preocupadas com as famílias lá na Geórgia", disse Cristine, que adotou o nome "Saka", gesto similar ao da parceira, a também brasileira Andrezza Chagas, agora Andressa "Rtvelo" ("Sakartvelo" significa Geórgia, em georgiano).
Tropas da Rússia atacaram pelo segundo dia neste sábado posições da Geórgia na região georgiana da Ossétia do Sul, onde atua um movimento separatista ao qual os russos são simpáticos.
Como reação, o Parlamento georgiano aprovou uma declaração de estado de guerra.
"Nós continuamos vivendo no Brasil, mas é lamentável o que está acontecendo, ainda mais em um momento de Olimpíada, que deveria ser um período de paz", afirmou Cristine, logo após a estréia com derrota para a dupla brasileira Ana Paula/Larissa, por 2 sets a 1.
Ironicamente, uma dupla da Rússia está no grupo de brasileiras e georgianas.
"Vamos enfrentá-las e espero vencer. Mas aqui não há nenhum sentimento de rivalidade. Uma russa até me abordou hoje para trocar um pin. Pediu um da Geórgia, oferecendo um da Rússia", disse Cristine.
Elas enfrentam a Rússia no dia 13 e precisam vencer para terem chances maiores de avançarem para a segunda fase, após a derrota para o Brasil.
Também há uma dupla no vôlei de praia masculino com brasileiros representando a Geórgia, formada por Renato Gomes e Jorge Terceiro.
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