A seleção feminina de handebol do Brasil foi eliminada neste domingo das Olimpíadas de Pequim depois de perder o terceiro jogo, desta vez para a Suécia, por placar apertado. O time, único latino-americano a disputar a modalidade nesta edição dos Jogos, começou ganhando e surpreendeu a equipe sueca antes de cometer erros no final.
No entender do técnico do Brasil, o espanhol Juan Oliver, "faltou agressividade defensiva" diante de um time sueco que bateu muito no Brasil, cometendo seguidas faltas. Mas o time brasileiro não soube aproveitar e acabou desperdiçando dois tiros de sete metros perto do final.
O técnico da Suécia, Ulf Schefvert, afirmou que não esperava que a partida seria tão dura contra o Brasil, com o primeiro tempo encerrando em 14 a 11 para o time europeu e o segundo terminando empatado em 11 a 11.
"O Brasil é um bom time e jogou bem o tempo todo, mas nesse torneio todos estão assim e isso é bom para o esporte e para o espetáculo," disse o treinador sueco.
Nas preliminares do torneio olímpico, o Brasil perdeu três jogos, ganhou um e empatou outro. O técnico brasileiro ressaltou a evolução do esporte no país. "Há três anos ninguém pensava que estaríamos aqui e hoje estamos jogando de igual para igual com um país que tem 100 anos de história de handebol. Esperamos ganhar da Suécia na próxima."
Apesar disso, o time não escondeu a decepção com a desclassificação para a próxima fase. Aline Rosas, a Pará, que começou a jogar handebol a contra-gosto, na Paraíba, aos 10 anos para não perder uma bolsa de estudo, se disse "frustrada."
"Estou frustrada e triste por não termos conseguido a classificação. A equipe de hoje não foi a mesma que ganhou da Coréia. Estou bastante chateada," afirmou após o jogo.
O primeiro tempo começou com vantagem brasileira em bobeadas da defesa sueca e ataques da pivô Dani pela ponta direita. Pará, de 1,60 metro, se movimentava com facilidade por entre as altas jogadoras da Suécia.
Mas a goleira da Suécia, Madeleine Grundstrom, estava inspirada, fechando seu gol. Em contrapartida, Chana Mason, um dos destaques da competição, bem que tentava defender a meta brasileira, mas não conseguiu impedir que a Suécia virasse o placar fazendo 9 a 8 contra o Brasil.
Dani errou passes que foram interceptados duas vezes por Annika Freden, permitindo contra-ataques fulminantes da Suécia diante da defesa brasileira escancarada.
Aos 27 minutos, Chana defende tiro sete metros e ajuda o Brasil a encostar na Suécia, que passou a controlar o marcador por 12 a 11, antes de ampliar a vantagem no final do primeiro tempo para 14 a 11.
No aquecimento para o segundo tempo, Darly foi defender a meta do Brasil, enquanto a ponta direita Alexandra gritava para o grupo "tem mais 30 minutos gente, vamos lá, elas estão batendo, vamos bater também."
Logo aos 1min49, Alexandra converte tiro de sete metros depois de falta do time sueco e aos 8 minutos o time brasileiro volta a empatar a partida com o placar em 16 a 16 e jogadas mais rápidas de ataque. Dani era uma das que mais cumpria a bronca de Alexandra do início do tempo. A pequena torcida brasileira voltou a gritar agitando bandeiras do país e do Corinthians ao lado de suecos mais impacientes com um placar que teimava em ficar empatado.
Aos 18min50, o Brasil insiste em trocar bolas pelo alto da defesa da Suécia e em um dos lances abre espaço para contra-ataque que deixa Darly cara-a-cara com jogadora sueca. Resultado: gol da Suécia. A goleira mineira dá o troco, e aos 20 minutos, defende tiro de sete metros de Johanna Ahlm, evitando que a Suécia imponha vantagem de dois pontos no Brasil.
Mas aos 25, a Suécia abre 24 a 21 em seguidas bobeadas de ataque e da defesa do Brasil. A goleira sueca também continuava a defender pancadas das brasileiras e inclusive um de dois arremessos de sete metros desperdiçados pelo Brasil. No segundo, a armadora esquerda Aline Santos faz lançamento alto e fraco para a meta sueca, errando o gol.
Faltando 1 minuto, o placar era 25 a 22 para o time europeu que botava pressão em ataques velozes sem chance do Brasil virar o marcador.
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