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O armador central Léo, que defendeu o Brasil nas Olímpiadas de Pequim, está os atletas que virão a cidade | Rodolfo Büherer, enviado especial/Gazeta do Povo
O armador central Léo, que defendeu o Brasil nas Olímpiadas de Pequim, está os atletas que virão a cidade| Foto: Rodolfo Büherer, enviado especial/Gazeta do Povo

Uma reunião na noite de quarta-feira, na Vila Olímpica, fez a equipe de handebol masculino do Brasil renascer na Olimpíada de Pequim. Após dois jogos apáticos, que resultaram em duas vitórias esmagadoras de França e Rússia, o grupo de atletas resolveu lavar a roupa suja. "Tivemos uma conversa apenas entre os jogadores para tentar resgatar esse espírito de briga, luta, que havíamos perdido", revelou o armador central paranaense Léo.

Ainda não foi o suficiente para a vitória, mas quase. Contra a Polônia, atual vice-campeã mundial, a seleção brasileira esteve à frente até os últimos dez minutos de partida, quando cedeu a virada e acabou derrotada por 28 a 25. Contudo, o desempenho fez a competição recomeçar para o time dirigido pelo espanhol Jordi Ribera.

"O que vínhamos cobrando era essa atitude. Com o espírito que apresentamos, somos capazes de ter argumentos contra qualquer equipe do mundo", afirmou o treinador.

É difícil de explicar o desânimo que tomou conta dos jogadores da seleção nacional mesmo as vésperas de uma Olimpíada – que os fez entrar em quadra já com o jogo perdido em suas cabeças. Mais fácil, porém, é explicar o que ocorreu para que o time acordasse. Uma enxurrada de e-mails de amigos ou parentes reclamando da postura do time.

"Estávamos nos sentindo envergonhados. Muitos amigos e parentes nos mandaram mensagens. Algumas até nos xingavam. Cobravam uma postura diferente, pois nunca fomos assim", diz o ponta-direita paranaense Tupan. "É como se o campeonato começasse contra a Polônia para nós."

Os próximos jogos serão contra a China, hoje (22 horas, de Brasília), e Espanha (domingo, 23h45, de Brasília). Para se classificar, a seleção brasileira precisa vencer as duas partidas.

Contra os donos da casa, o Brasil entra mais confiante, já que venceu o último confronto, em um torneio amistoso no Egito, por 32 a 22. Já os espanhóis ainda despertam em alguns aquele velho sentimento de inferioridade, traduzido em palavras e ouvido antes da Olimpíada e no decorrer dela, até o jogo contra a Polônia. Mas nada comparado ao que vinha ocorrendo.

"Sabemos que a Espanha é muito superior a nós, mas se vencermos a China faremos o nosso jogo de vida ou morte", afirma o goleiro paranaense Alê Vasconcelos.

Se servir de consolo, a grande reclamação para a queda de rendimento no fim da partida de ontem foi o cansaço, pois, com jogadores de porte físico menos avantajado, o time brasileiro se desgastou muito para marcar o jogo de muito contato dos poloneses. Nesse ponto, ao menos, os espanhóis não devem dar tanto trabalho, pois historicamente têm um estilo mais tático de atuar. Semelhante ao do Brasil, desde que está sob o comando do espanhol Jordi Ribera.

Na TV

Brasil x China, às 22 horas, no SporTV2 e BandSports

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