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Asafa Powell e Usain Bolt: dupla jamaicana deve protagonizar, ao lado do americano Tyson Gay, a principal disputa do atletismo em Pequim | Bob Strong / Reuters
Asafa Powell e Usain Bolt: dupla jamaicana deve protagonizar, ao lado do americano Tyson Gay, a principal disputa do atletismo em Pequim| Foto: Bob Strong / Reuters

O atletismo finalmente chega às Olimpíadas de Pequim nesta sexta-feira e pouco tempo se passará até que a competição mais aguardada dos Jogos, a final masculina dos 100 metros rasos, seja disputada, no dia seguinte.

O atual detentor do recorde mundial, Usain Bolt, seu compatriota jamaicano Asafa Powell e o campeão mundial Tyson Gay, os três capazes de correr a menos de 9,8 segundos, preparam-se para essa que deve ser a mais emocionante final dos 100 metros, capaz de colocar o atletismo de volta sob os holofotes.

"Na semana passada, não tínhamos um estádio. Mas agora está tudo no lugar", disse na terça-feira Lamine Diack, presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo. "Então, digo eu: que os Jogos comecem."

Os organizadores do evento colocaram a pista e a grama nos dias que se seguiram à cerimônia de abertura de sexta-feira. E o estádio com capacidade de 91 mil pessoas encontra-se agora preparado para um programa de dar água na boca.

A final feminina dos 100 metros oferece um interesse quase tão grande quanto a masculina. Ali deve ocorrer um outro duelo entre a Jamaica e os EUA. Já os 5.000 e os 10 mil metros podem ser vencidos por etíopes - Tirunesh Dibaba e Kenenisa Bekele.

A noite mais agitada deve ser a de 21 de agosto, quando o herói chinês e atual campeão Liu Xiang vai se deparar com uma pressão gigantesca para vencer os 110 metros com barreira, nos quais enfrenta o cubano Dayron Robles, que tirou dele o recorde da prova em junho e vem correndo muito bem desde então.

As corridas de meio-fundo, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, não contam com francos favoritos e podem ver países inesperados conquistando medalhas. E as duas maratonas prometem ser um desafio extenuante em vista das duras condições ambientais oferecidas pela capital chinesa.

Neste momento, porém, os 100 metros é o que mais interessa e a disputa começa a esquentar nas primeiras seletivas, a serem realizadas na sexta-feira.

Haverá uma atenção especial em relação a Gay, que não corre desde que machucou um tendão cinco semanas atrás. Mas o norte-americano insiste estar completamente preparado para correr e está ansioso para fazê-lo.

"Essa é uma das provas de 100 metros mais empolgantes da história. Fazia tempo que essa prova não recebia tanta badalação", afirmou.

TRÊS GRANDES

Quatro anos atrás, os primeiros cinco colocados terminaram a prova em menos de 10 segundos pela primeira vez na história, e, havendo meia dúzia de atletas ávidos por desbancar os três favoritos, os tempos podem cair ainda mais neste ano.

"Tudo se resume a saber quem fará a corrida perfeita", disse Bolt, que disputou a prova apenas algumas vezes, mas marcou o recorde mundial de 9s72 em maio.

Bolt deve com certeza disputar os 200 metros apesar de, às vésperas dos Jogos, ele ainda se recusava a confirmar se correria ou não os 100 metros. O jamaicano parece ser insuperável na distância maior, sua prova preferida.

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