As ginastas russas correram para fora da arena em lágrimas, na quarta-feira, depois de deixar escapar uma medalha da prova feminina por equipes pela primeira vez em uma Olimpíada. Mas também juraram a elas mesmas que irão ao pódio nas provas individuais.
Dominante no esporte por quatro décadas como União Soviética, as russas vêm trabalhando duro, mas depois do bronze em Atenas desta vez a sorte abandonou a equipe - que terminou atrás da China (ouro), Estados Unidos (prata) e Romênia (bronze) em Pequim.
"É muito triste que tenha acontecido", disse à Reuters Anna Pavlova, que perdeu pontos em sua rotina do solo por pisar fora do tablado depois do primeiro salto.
"Não consigo nem falar sobre isso."
Suas companheiras de equipe correram ao passar pelos repórteres, muito arrasadas para falar.
Pavlova terá a chance de melhorar o ânimo da Rússia quando competir no geral individual na sexta-feira, ao lado de Ksenia Semenova. A duplas está classificada em quinto e quarto lugares, respectivamente, para a apresentação individual.
Pavlova ainda conseguiu lugar nas finais de salto, trave e solo, enquanto Semenova terá a chance de somar o ouro olímpico a seus títulos mundial e europeu nas barras assimétricas.
Ksenia Afanasyeva (trave) e Ekaterina Kramarenko (solo) são as outras russas nas finais por aparelhos.
"Vamos tentar nosso máximo agora, nas outras finais. Vamos ver no que vai dar", disse Pavlova.
Já se podia esperar esse resultado em Pequim, já que a Rússia terminou em último na final de oito equipes do Mundial de 2007, depois de um pesadelo no salto, no qual Kramarenko perdeu o tempo certo do movimento e nem bateu no trampolim, recebendo 0.000.
Elas ganharam 10 títulos olímpicos consecutivos a partir de 1952 (fora os Jogos de 1984, boicotados pela União Soviética), mas desde que passaram a competir como Rússia não conseguiram ganhar ouro.
Os homens terminaram em sexto na final por equipes na terça-feira, também sem conseguir uma medalha na prova, como em 2004, quando falharam pela primeira vez.
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