Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos

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Os jogadores de futebol, com sua atração por fazer drama e caretas em campo, passam vergonha nesta Olimpíada diante da contrapartida feminina, com o bom comportamento mostrado pelas jogadoras.

Enquanto os homens caem rolando ao mínimo toque, não raramente dando três voltas no chão antes de fechar a cara como se estivessem agonizando, depois gesticulando como se mostrassem um falso cartão amarelo no ar, as mulheres simplesmente levantam e saem para o jogo.

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"É o jeito que somos criadas", disse à Reuters Christie Rampone, defensora da seleção dos Estados Unidos. "Para nós, dizem: se você cair, que se levante imediatamente."

"Penso que todas têm a mesma forma de serem educadas. É alguma coisa que ressoa em cada uma de nós, desde muito pequenas."

"Meu pai ia me enquadrar, se seu ficasse fazendo toda essa encenação", acrescentou a jogadora norte-americana.

O contraste fica brutalmente visível na Olimpíada, onde os dois torneios são disputados juntos. Era muito evidente em Shenyang, onde as quartas-de-final femininas e masculinas foram jogadas em noites seguidas.

O embate entre Alemanha e Suécia, das mulheres, foi duro e físico, mas teve apenas três cartões amarelos, nenhuma reclamação com o árbitro e nenhuma choradeira.

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Um dia depois, Camarões e Brasil somaram 12 amarelos e um vermelho, em jogo com 56 faltas, constantes resmungos contra o árbitro por parte dos dois times e, em geral, mau comportamento.

Até as quartas-de-final, no torneio masculino, que contou com árbitros inexperientes que tiveram de batalhar para manter os jogadores sob controle: foram 109 cartões amarelos e 10 vermelhos em 28 jogos.

No feminino, foram 32 amarelos e nenhum vermelho, em 22 jogos antes das semifinais.

A Noruega, derrotada pelas brasileiras nas quartas-de-final, conseguiu fazer seus quatro jogos sem receber nenhum cartão.

"Existe um senso de fair play no jogo feminino. Elas querem competir, mas sem apelar", disse a técnica Pia Sundhage, dos Estados Unidos.

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"Tem sido assim desde o comecinho, do tempo que comecei a jogar."

A zagueira Rampone disse compreender que a pressão é maior nos jogos de homens - na Olimpíada restritos a jogadores sub-23, com três exceções permitidas para cada time.

"O jogo masculino é tão diferente, tão mais rápido, eles são tão mais fortes... É muito mais físico", disse ela.

Mas a técnica Sundhage não se impressiona: "Se você me perguntar... Eu não gosto."