O ex-meio fundista brasileiro Joaquim Cruz afirmou neste sábado (23) estar contente com o resultado alcançado por Maurren Maggi e sua equipe técnica e disse esperar que o próximo ouro do atletismo não demore tanto para vir.
Maurren, com seu título no salto em distância na sexta-feira, encerrou um jejum de 24 anos do atletismo brasileiro em ouros em Jogos Olímpicos, que durava desde a vitória de Joaquim Cruz nos 800 metros da Olimpíada de Los Angeles, em 1984.
Cruz ainda levou a prata na mesma prova na Olimpíada seguinte, a de Seul, em 1988, além de dois ouros nos Pan-Americanos de Indianápolis (1987) e Mar del Plata (1995).
"Estou feliz pelo resultado da Maurren e dos treinadores dela, o Nélio e a Tânia", afirmou Joaquim Cruz à Reuters em um e-mail, enviado enquanto esperava uma conexão em Taipé (Taiwan) de um vôo com destino a Okinawa, no Japão.
"Espero que não tenhamos que esperar mais tanto tempo para chegar outra medalha dourada", acrescentou o ex-atleta, que hoje é técnico de atletismo nos Estados Unidos, onde está radicado.
Além dele e de Maurren, apenas Adhemar Ferreira da Silva levou ouro no atletismo, esse último por duas vezes, em Helsinque (1952) e em Melbourne (1956), com o salto triplo.
Joaquim Cruz estudou e treinou na Universidade de Oregon, nos EUA, e foi o único brasileiro a vencer finais do forte campeonato universitário norte-americano (NCAA) nos 800 e nos 1500 metros.
Ele foi o porta-bandeira brasileiro na Olimpíada de Atlanta, em 1996.
Joaquim Cruz também comentou brevemente o fato de a brasileira ter conquistado o primeiro ouro individual feminino da história.
Dias antes, a judoca Ketleyn Quadros havia levado a primeira medalha individual feminina da história, com o bronze na categoria leve.
"O resultado da Maurren mostra que é a vez da mulher brasileira mostrar o seu verdadeiro potencial", afirmou.
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