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O americano Mark Spitz ganhou sete ouros na natação e espantou o mundo em Munique 1972 | Divulgação / IOC
O americano Mark Spitz ganhou sete ouros na natação e espantou o mundo em Munique 1972| Foto: Divulgação / IOC

MEDALHAS: MUNIQUE 1972

1º URSS: 50 ouros, 27 pratas e 22 bronzes2º EUA: 33 ouros, 31 pratas e 30 bronzes3º Alemanha Oriental: 20 ouros, 23 pratas e 23 bronzes4º Alemanha Ocidental: 13 ouros, 11 pratas e 16 bronzes5º Japão: 13 ouros, 8 pratas e 8 bronzes41º Brasil: 0 ouros, 0 pratas e 2 bronzes

  • Nem mesmo uma queda evitou o finlandês Lasse Viren de ganhar os 5 mil e os 10 mil metros
  • Medalha dada aos ganhadores em Munique 1972
  • A soviética Olga Korbut não se abateu pela perda do ouro no individual e se destacou nas provas por equipes e por aparlehos

Nunca se foi tão rápido do céu ao inferno em uma edição dos Jogos Olímpicos antes de 1972, quando a cidade alemã de Munique recebeu as Olimpíadas. O evento, aberto no dia 26 de agosto, tinha tudo para ser o melhor já organizado na história, não fosse a invasão da vila olímpica por cinco palestinos do grupo terrorista "Setembro Negro", no dia 5 de setembro. Eles mataram dois membros da equipe israelense e fizeram outros nove de reféns. O incidente paralisou os Jogos e resultou na morte de todos os reféns, os terroristas e um policial. Apenas por exigência do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o americano Avery Brundage, a competição não foi cancelada. "Os Jogos devem continuar", disse o dirigente na ocasião. Tudo foi acompanhado ao vivo pelos brasileiros, pela primeira vez na história.

Mesmo manchadas, as Olimpíadas de Munique também são lembradas pelos feitos notáveis no âmbito desportivo. A maior memória delas remete ao americano Mark Spitz, vencedor de dois ouros quatro anos antes, na Cidade do México, e que em Munique conquistou nada menos do que sete medalhas douradas. A marca permanece inigualada até hoje e garantiu o nome de Spitz na história. Por conta do incidente terrorista, o nadador (de origem judaica) foi retirado às pressas da vila olímpica e enviado aos Estados Unidos.

Mas os americanos também viveram o seu "inferno astral" em Munique. Os velocistas Eddie Hayes e Ray Robinson eram os favoritos ao ouro nos 100 metros rasos no atletismo, mas sequer participaram da final. Motivo: eles dormiram demais e perderam a semifinal. Pior ainda foi ver um soviético, Valerv Borzov, conquistar o primeiro lugar nos 100 e nos 200 metros rasos.

No basquete, outra derrota dolorosa aos EUA. Campeões olímpicos desde Berlim 1936, os americanos viram o ouro escapar das suas mãos em uma tumultuada partida contra a URSS. Um erro na contagem do tempo permitiu aos soviéticos marcarem uma cesta no último segundo, vencendo por 51 a 50. Os atletas dos Estados Unidos não voltaram para receber as medalhas de prata e elas estão guardadas até hoje na sede do COI, em Lausanne, na Suiça.

Voltando ao atletismo, o finlandês Lasse Viren remontou o passado vencedor do seu país nas provas de longa distância. Ele ganhou os 5 mil e os 10 mil metros. Nesta última, com direito a uma queda, uma sensacional recuperação e a quebra do recorde mundial. Entre as mulheres, a alemã-ocidental Liselott Linsenhoff foi a primeira a ganhar um ouro no hipismo, enquanto a ginasta soviética Olga Korbut chamou a atenção de todo o planeta ao vencer a prova entre equipes, falhou no individual, e voltou a se destacar na prova de aparelhos.

O Brasil conquistou duas medalhas de bronze. A primeira veio com Nelson Prudêncio no salto triplo. Ele tinha conquistado a prata na Cidade do México em 1968. Já no judô, Chiaki Ishii chegou ao pódio e ficou com o bronze na categoria meio pesado.

Um total de 7134 atletas (1059 mulheres e 6075 homens) de 121 nações participou dos Jogos de Munique. Vinte e três modalidades (atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica, halterofilismo, handebol, hóquei sobre a grama, hipismo, judô, luta, natação, pentatlo moderno, pólo aquático, remo, saltos ornamentais, tiro, tiro com arco, vela e vôlei) movimentaram o evento. O número recorde de atletas e esportes não foram as únicas novidades. As Olimpíadas de 1972 contaram com um mascote, algo inédito: o cachorrinho Waldi.

No quadro geral de medalhas, a URSS ficou em primeiro com 50 ouros, 27 pratas e 22 bronzes, com os EUA em segundo (33 ouros, 31 pratas e 30 bronzes) e a Alemanha Ocidental em terceiro (20 ouros, 23 pratas e 23 bronzes).

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