Aos 17 anos, Ian Thorpe ganhou três ouros na natação| Foto: Hamish Blair / Getty Images

MEDALHAS: SYDNEY 2000

1º EUA: 37 ouros, 24 pratas e 31 bronzes2º Rússia: 32 ouros, 28 pratas e 28 bronzes3º China: 28 ouros, 16 pratas e 15 bronzes4º Austrália: 16 ouros, 25 pratas e 17 bronzes5º Alemanha: 13 ouros, 17 pratas e 26 bronzes52º Brasil: 0 ouro, 6 pratas e 6 bronzes

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Após carregar a tocha olímpica, Cathy Freeman ganhou os 400 metros rasos para a Austrália
Medalha dada aos ganhadores em Sydney 2000
Inge de Bruijn (ao centro) levou para a Holanda três ouros conquistados na natação
Esta foi a tocha olímpica nos Jogos de 2000
Olly, Syd e Millie representaram a Austrália e três animais locais típicos como mascotes

A "zebra" australiana sediou os primeiros "Jogos do Novo Milênio". A candidatura de Sydney bateu a favorita Pequim-CHN, além de Berlim-ALE, Manchester-ING e Istambul-TUR, para ganhar o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2000. Apenas dois votos definiram a favor da Austrália, e como retribuição, os organizadores mostraram muita competência em receber um grande evento do porte das Olimpíadas. Mantendo a seqüência de eventos com cada vez mais modalidades e participantes, Sydney montou uma infra-estrutura invejável, além de se preparar para fazer bonito nas competições. O país ainda resgatou a sua própria história.

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Na cerimônia de abertura, no dia 15 de setembro, a descendente de aborígines Cathy Freeman carregou a tocha olímpica, como símbolo de homenagem ao povo que vivia na Oceania antes da chegada dos brancos, e que teve a sua população quase extinta. Para coroar a sua participação, Cathy ainda ganharia os 400 metros rasos nos Jogos, para alegria da Austrália. Nas piscinas, o país-sede ainda mostrou ao mundo um jovem garoto chamado Ian Thorpe, de apenas 17 anos, e que surpreenderia a todos ao vencer três provas, quebrando o recorde dos 400 metros livres. No feminino, a nadadora holandesa Inge de Bruijn dominou e ganhou três ouros.

Mas as emoções movimentaram outras modalidades (de um total de 31 – atletismo, badmiton, basquete, beisebol, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica, halterofilismo, handebol, hipismo, hóquei sobre a grama, judô, luta, nado sincronizado, natação, pentatlo moderno, pólo aquático, remo, saltos ornamentais, softbol, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro, tiro com arco, triatlo, vela e vôlei) das Olimpíadas de Sydney, que contaram com um total de 199 países e 10651 atletas (4069 mulheres e 6582 homens). No atletismo, a americana Marion Jones faturou três ouros e dois bronzes, tornando-se a primeira mulher a ganhar cinco medalhas na modalidade em uma mesma edição. Sete anos depois, porém, Marion seria pega no antidoping e devolveria todas as medalhas.

Nas pistas de Sydney, a Grécia e Moçambique também comemoraram as suas primeiras conquistas na história com Konstaninos Kenteris nos 200 metros rasos, e Maria Mutola, nos 800 metros rasos. Já o Brasil viveu muitas frustrações nas Olimpíadas, e não conquistou nenhuma medalha de ouro. A delegação de 205 atletas (94 mulheres e 111 homens) tinha boas chances em várias competições, mas decepcionou. No vôlei de praia, as campeãs mundial Adriana Behar/Shelda e a dupla masculina Zé Marco/Ricardo ficaram com a prata, mesma conquista de Tiago Camilo e Carlos Honorato no judô, e do revezamento 4 x 100 metros do país, formado por Vicente Lenílson, Edson Luciano, André Domingos e Claudinei Quirino.

O futebol, mesmo com Vanderlei Luxemburgo comandando o time, falhou nas quartas-de-final e perdeu para Camarões. Os africanos acabariam ficando com o ouro na modalidade. Já quem viveu uma emoção positiva foi a Coréia, que viu as duas delegações desfilarem juntas na abertura e no encerramento – apesar de competirem separadas. Outro momento inesquecível se Sydney foi a "performance" do nadador Eric Moussambani, de Guiné Equatorial. Pela primeira vez, um atleta do país nadou em uma piscina olímpica, e demorou quase o dobro do tempo dos primeiros colocados para completar o percurso. Eric quase se afogou no meio do percurso, e a sua apresentação valeu mais pelo espírito olímpico do que pelo resultado.

No quadro geral de medalhas, os EUA voltaram a vencer, com 37 ouros, 24 pratas e 31 bronzes, seguidos da Rússia (32 ouros, 28 pratas e 28 bronzes) e China (28 ouros, 16 pratas e 15 bronzes).

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