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Brasileiros representam a Georgia naas Olimpíadas de Pequim | Thomaz Coex / AFP
Brasileiros representam a Georgia naas Olimpíadas de Pequim| Foto: Thomaz Coex / AFP

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O torneio de vôlei de praia masculino pode ter uma final de brasileiros. Com bandeiras diferentes, é verdade, mas ainda brasileiros. Isso porque as semifinais têm três duplas com jogadores do Brasil - Ricardo e Emanuel enfrentam Marcio e Fábio Luiz em uma, Renatão e Jorge, que representam a Geórgia sob os nomes de Geor e Gia, jogam com os americanos Rogers e Dalhausser na outra. Se os paraibanos naturalizados georgianos passarem, pegam uma das duplas de brasileiros na final.A missão não é fácil. Os americanos são tidos como favoritos ao ouro, junto com os pentacampeões do Circuito Mundial, Ricardo e Emanuel. Mas Renatão e Jorge já surpreenderam nas quartas-de-final, ao vencer os holandeses Nummerdor e Schuil, por 2 a 0, com um duplo 21/19. Além disso, a dupla treina no Brasil, com os compatriotas mais bem cotados. Rogers e Dalhausser passaram pelos alemães Klemperer e Koreng também por 2 a 0 (21/13 e 25/23).

Essa é a primeira participação da Geórgia no vôlei de praia olímpico. Renatão e Jorge jogam pelo país desde 2006, quando o presidente Mikhail Saakashvili, cuja esposa foi jogadora de vôlei, concedeu a cidadania georgiana a eles. O convite para a naturalização foi, inicialmente, para que os brasileiros representassem a Geórgia no Circuito Mundial. Mas os "georgio-brasileiros" foram bem e chegaram a Pequim.

Nesta segunda, ao conseguir a vitória, Jorge correu para a arquibancada, na área onde ficam os mastros com as bandeiras dos países participantes, e gritou debaixo da bandeira georgiana - um ato simbólico de reverência ao país que representa. A torcida aplaudiu. "Acredito que a torcida entendeu o nosso papel aqui", afirmou Renato durante a competição. "A gente estava representando outra nação, mas o coração é brasileiro." No Circuito, eles ocupam atualmente a 12.ª posição.

O sonho desses dois brasileiros - e da dupla do feminino, também das brasileiras naturalizadas Cris e Andrezza, que foram eliminadas na primeira fase - de participar da Olimpíada de Pequim quase foi interrompido por conta da guerra entre Geórgia e Rússia. A delegação georgiana ameaçou deixar os Jogos, mas acabou voltando atrás.

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