Eduardo Santos (de azul) mostrou muita garra, mas não foi o bastante para bater o suíço Sergei Aschwanden| Foto: Kim Kyung-Hoon / Reuters

Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos

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A participação do judoca Eduardo Santos nos Jogos Olímpicos de Pequim terminou na final de uma longa e desgastante repescagem, a uma luta da medalha de bronze, em um esforço que retrata a história do atleta de São Paulo.

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Eduardo, 25 anos, está habituado a caminhos difíceis para alcançar objetivos, como foi para obter a vaga na seleção nacional de judô, o que só aconteceu depois de quatro seletivas regionais e nacionais.

Da mesma forma, só conseguiu amarrar a faixa preta de judô na cintura por ter obtido a vaga na seleção olímpica, já que até o final do ano passado ainda participava das competições com a faixa marrom, porque não tinha dinheiro para fazer o exame para mudança da faixa.

"Quando eu ganhei a seletiva, automaticamente me deram a faixa preta para eu poder representar o Brasil", contou Eduardo após sua derrota na final da repescagem, em luta longa, que atravessou o tempo normal, mais os cinco minutos inteiros do período do "golden score" e que só foi decidida pelos juízes.

A decisão a favor do suíço Sergei Aschwanden fez Eduardo Santos deixar o tatame aos prantos. Pouco depois, mais calmo, o judoca falou um pouco de sua trajetória e também reclamou da arbitragem.

"Tive diferenças mínimas nos confrontos com meus adversários. No meu ponto de vista, posso ter sido prejudicado em algumas lutas. Umas das pontuações menores eu poderia ter levado. Poderia até ter disputado a final", afirmou.

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"Na final da respescagem, quando foi para a bandeira, achei que tinha ganhado. Achei que estava lutando melhor", acrescentou. Quando uma luta termina empatada no tempo normal e no período do Golden Score, os juízes decidem o vencedor.

Eduardo Santos fez cinco lutas ao todo, vencendo três delas. Antes da respescagem, havia perdido a chance de chegar à semifinal, ao ser derrotado pelo francês Yves-Matthieu Dafreville. O ouro ficou com Irakli Tsirekidze, da Geórgia.

O peso médio (até 90 quilos), que treina no São Caetano (SP) com Carlos Honorato, disse que aprendeu bastante em sua primeira Olimpíada, mas não ficou satisfeito por ter chegado perto da medalha.

"Eu cheguei aqui para ganhar, não foi só para participar. A gente quer representar o Brasil, quer o ponto mais alto, nem terceiro nem segundo. Eu vim pra ganhar", afirmou Santos.

"Mas eu vou treinar, que eu ainda vou ganhar."

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