Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos
Quanto mais velhas, melhores. Como o vinho. É com esse pensamento que dez jogadoras da seleção brasileira reencontram os Estados Unidos na final das Olimpíadas para buscar a medalha de ouro que escapou em Atenas. Nesta quinta-feira (21), às 10h (de Brasília), em Pequim, as meninas tentarão chegar ao lugar mais alto do pódio, posição jamais alcançada pelo futebol masculino. Antes, Japão e Alemanha decidem, às 7h (de Brasília), a medalha de bronze no Estádio dos Trabalhadores.
A partida terá transmissão ao vivo da RPC-TV, além de acompanhamento em lance a lance na Gazeta do Povo Online.
Marta, Cristiane, Tânia Maranhão, Daniela Alves, Renata Costa, Formiga e Maycon são titulares da equipe de Jorge Barcellos e estavam na derrota de 2 a 1 para os EUA em 2004. A goleira Andréia Suntaque, Pretinha e Rosana, que ficarão no banco agora, também eram daquele grupo.
- Estou mais velha, mais experiente. Aquela foi minha primeira Olimpíada, eu era marinheira de primeira viagem - lembra Marta, que não vê a hora de colocar a medalha de ouro no peito:
- A medalha já está mais do que madura. Se jogar uma pedrinha, cai!
A capitã Tânia, que fará 34 anos em outubro, é a mais velha e experiente da equipe. Está em sua quarta participação nos Jogos. Titular na final de 2004, Pretinha é a segunda mais velha da seleção, com 33 anos completados em maio. A atacante pede calma às companheiras e esquece o clima de vingança.
- A equipe está tranqüila, tem jogadoras experientes e outras mais novas. Estamos concentradas na decisão. Não temos que encarar como revanche, é mais um jogo. Vamos pra cima para conseguir a vitória - promete.
Jorge Barcellos repete o discurso de Pretinha. Para o treinador, nada de revanchismo em campo:
- A gente não encara como revanche não. A gente encara como uma partida decisiva para o futebol brasileiro, para o futebol feminino brasileiro. Nosso intuito é chegar com pé no chão, muito no chão.
Entre as americanas, o jogo é encarado como vingança. Não das Olimpíadas 2004, claro. O problema dos Estados Unidos com as brasileiras veio três anos depois: na semifinal da Copa do Mundo 2007, o Brasil goleou por 4 a 0, com show de Marta. Até hoje a seleção americana não esqueceu aquela derrota. Antes dos Jogos de Pequim, a federação fez um comercial das jogadoras viajando de Los Angeles ao Rio de Janeiro (de carro!) somente para pedir uma nova partida com as brasileiras. A hora chegou.
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