A lateral-direita Simone Jatobá e a meia Marta: além de vingar as decepções em Atenas e Sydney, vitória sobre os Estados Unidos é encarada como mais uma chance de impulsionar o futebol feminino no Brasil.| Foto: Rodolfo Bührer, enviado especial/ Gazeta do Povo

Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos

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Seleção Brasileira de Futebol Feminino comemora a grande vitória de 4 a 1 sobre a Alemanha
Golpe de misericórdia: Cristiane comemora o quarto gol, em que ela passou pelo meio da defesa alemã antes de dar um tapa na saída da goleira Angerer.
Marta e Cristiane comemoram um dos gols brasileiros no baile contra a Alemanha
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Quanto mais velhas, melhores. Como o vinho. É com esse pensamento que dez jogadoras da seleção brasileira reencontram os Estados Unidos na final das Olimpíadas para buscar a medalha de ouro que escapou em Atenas. Nesta quinta-feira (21), às 10h (de Brasília), em Pequim, as meninas tentarão chegar ao lugar mais alto do pódio, posição jamais alcançada pelo futebol masculino. Antes, Japão e Alemanha decidem, às 7h (de Brasília), a medalha de bronze no Estádio dos Trabalhadores.

A partida terá transmissão ao vivo da RPC-TV, além de acompanhamento em lance a lance na Gazeta do Povo Online.

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Marta, Cristiane, Tânia Maranhão, Daniela Alves, Renata Costa, Formiga e Maycon são titulares da equipe de Jorge Barcellos e estavam na derrota de 2 a 1 para os EUA em 2004. A goleira Andréia Suntaque, Pretinha e Rosana, que ficarão no banco agora, também eram daquele grupo.

- Estou mais velha, mais experiente. Aquela foi minha primeira Olimpíada, eu era marinheira de primeira viagem - lembra Marta, que não vê a hora de colocar a medalha de ouro no peito:

- A medalha já está mais do que madura. Se jogar uma pedrinha, cai!

A capitã Tânia, que fará 34 anos em outubro, é a mais velha e experiente da equipe. Está em sua quarta participação nos Jogos. Titular na final de 2004, Pretinha é a segunda mais velha da seleção, com 33 anos completados em maio. A atacante pede calma às companheiras e esquece o clima de vingança.

- A equipe está tranqüila, tem jogadoras experientes e outras mais novas. Estamos concentradas na decisão. Não temos que encarar como revanche, é mais um jogo. Vamos pra cima para conseguir a vitória - promete.

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Jorge Barcellos repete o discurso de Pretinha. Para o treinador, nada de revanchismo em campo:

- A gente não encara como revanche não. A gente encara como uma partida decisiva para o futebol brasileiro, para o futebol feminino brasileiro. Nosso intuito é chegar com pé no chão, muito no chão.

Entre as americanas, o jogo é encarado como vingança. Não das Olimpíadas 2004, claro. O problema dos Estados Unidos com as brasileiras veio três anos depois: na semifinal da Copa do Mundo 2007, o Brasil goleou por 4 a 0, com show de Marta. Até hoje a seleção americana não esqueceu aquela derrota. Antes dos Jogos de Pequim, a federação fez um comercial das jogadoras viajando de Los Angeles ao Rio de Janeiro (de carro!) somente para pedir uma nova partida com as brasileiras. A hora chegou.