Nastia Liukin leva medalha de ouro no geral individual da ginástica artística| Foto: Hans Deryk / Reuters
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Logo que viu confirmada sua medalha de ouro no geral individual da ginástica artística, nesta sexta-feira, a norte-americana Nastia Liukin pulou no pescoço de seu pai e técnico Valery - ele mesmo detentor de dois ouros olímpicos no esporte, em Seul-1988, pela antiga União Soviética.

A ginasta depois explicou que o pai é o principal responsável para que ela tenha se tornado campeã em Pequim. Pelo Brasil, Jade Barbosa terminou em 10º lugar, e Ana Cláudia Silva, em 22º, numa prova em que as ginastas passam por todos os aparelhos.

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Liukin foi coroada a ginasta mais completa desta Olimpíada, quebrando a hegemonia da China no esporte. A China já havia assegurado ouro por equipes no feminino e no masculino, além do geral individual masculino, com Yang Wei.

Aos 18 anos, a norte-americana foi campeã com apenas 0.6 a mais que sua compatriota Shawn Johnson, atual detentora do título mundial. A chinesa Yang Yilin foi bronze.

"É muito bom. Estou sem palavras", disse Liukin, enquanto acariciava a medalha dourada pendurada em seu pescoço. "Consegui vencer tantas batalhas e tantas lesões, que estar aqui no pódio e ouvir meu nome anunciado como campeã olímpica é um sonho que se tornou real."

Liukin mostrou grandes performances nos quatro aparelhos, para ficar com o título de ginasta mais completa, somando 63.325, no rastro de suas compatriotas Mary Lou Retton, campeã em Los Agneles-1984, e Carly Patterson, em Atenas-2004.

Shawn Johnson, a última ginasta na rotação, pisou no solo precisando de mais que 16.125 para ultrapassar Liukin. Como a barreira dos 16.000 pontos nunca tinha sido quebrada no aparelho em Olimpíadas, a garota de 16 anos sabia que estava encarando um desafio sobre-humano.

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Ela manteve o nervosismo sob controle e praticamente chegou a uma exibição perfeita. Assim que terminou, correu para abraçar Liukin - as duas posaram para os fotógrafos enquanto olhavam ansiosamente para o placar para ver qual das duas seria a campeã. A soma de pontos de Johnson mostrou 15.525. O ouro foi para Liukin.

Há tempos apontada como futura campeã, Liukin não tem um título mundial no geral individual. Ela o perdeu, por exemplo, em 2005, por um insignificante milésimo de ponto; e em 2006, quando uma lesão no tornozelo a derrubou. No ano passado, ela ficou na sombra da espetacular estréia internacional de Shawn Johnson.