"É minha". A parananense vibra com a conquista em Pequim| Foto: RETEURS /ALESSANDRO BIANCHI
Natália vibra com o bronze em Pequim. Conquista inédita no Taekwondo brasileiro
Natália Falavignia chora enrolada na bandeira brasileira, após a conquista do bronze
Natália Falavignia ataca a sueca Karolina Kedzierska
Natália Falavigna subiu feliz da vida no pódio em Pequim, ao lado das demais medalhistas
O orgulho pela medalha que já havia lhe escapado antes estava estampado no rosto da paranaense
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Depois de bater na trave nos Jogos de Atenas, Natália Falavigna conquistou neste sábado (23) a primeira medalha olímpica para o taekwondo brasileiro. Na disputa pelo bronze,a paranaense derrotou a sueca Karolina Kedzierska por 5 a 2, na categoria acima de 67kg. A outra medalha de bronze do peso foi para a britânica Sarah Stevenson, que passou pela egípcia Noha Abd Rabo por 5 a 1.

Coincidentemente, o ginásio de Ciência e Tecnologia de Pequim foi o mesmo que recebeu o judô destes Jogos e que teve Ketleyn Quadros ganhando a primeira medalha de uma brasileira em esportes individuais na história dos Jogos. Muito emocionada, Natália pegou a bandeira do Brasil e foi para o centro do tatame, onde olhou para o céu dizendo: "é minha". Do lado de fora, o seu treinador ajoelhava, agradecendo a conquista que ficou muito próxima em Atenas, quando Natália terminou em quarto lugar.

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Determinada

Ao contrário da semifinal, Natália Falavigna voltou para esta disputa de bronze com uma postura muito mais ofensiva. E como nas primeiras lutas, a brasileira saiu na frente, abrindo 2 a 0 no primeiro minuto de luta. Movimentado-se com desenvoltura e chutando bem, Natália manteve a vantagem até o intervalo.

Enquanto conversava com o técnico Fernando Madureira, Natália mostrava o olhar determinado de quem não deixaria se repetir o drama de Atenas. E a determinação do olhar se transformava em vontade dentro do tatame, com a brasileira partindo para cima logo na volta do segundo round. Controlando as ações, Natália não deixava sua adversária lutar e partia para cima, conseguindo mais uma boa parcial, fazendo 2 a 1 e somando 4 a 1 no placar geral.

Com uma boa vantagem, a brasileira tratou de controlar o ritmo do confronto e passou a lutar no contra-ataque. A boa movimentação de Natália dificultava as ações da sueca e, do lado de fora do tatame, o técnico Fernando Madureira ia dando instruções para a brasileira ter calma na luta. Natália precisava fazer passarem os dois minutos de round e foi o que fez, conseguindo ainda mais um ponto, contra outro de Karolina, para sair vibrando, e chorando, com mais uma conquista inédita para o esporte brasileiro.