Emanuel (de frente) e Ricardo comemoram a vitória sobre a dupla americana: paranaense deu um susto no começo do jogo, ao levar uma pancada no joelho direito.| Foto: Jonathan Campos, enviado especial/ Gazeta do Povo

A prata está garantida. Emanuel/Ricardo e Márcio/Fábio Luiz farão uma das semifinais do vôlei de praia masculino em Pequim. Um dos dois times brasileiros estará na final, marcada para a sexta-feira.

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Quem passar poderá enfrentar outra dupla nacional, só que usando a cor de camisa diferente. Renatão e Jorge, que defendem a Geórgia com os nomes de Geor e Gia, enfrentam os americanos Rogers e Dalhausser no jogo de abertura desta fase.

Nas estatísticas do Circuito Mundial, o time do paranaense está em vantagem sobre o adversário da semifinal: 10 x 7. Mas neste ano, as duplas nem se encontraram, o que faz do duelo uma incógnita ainda maior.

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"É sempre lá e cá. No Brasil, quando jogamos, é uma partida de um, outra de outro", lembra Márcio. "Também estamos sempre disputando os títulos no Circuito Mundial. Só nesse ano que eles deram uma disparada", lembra, associando o fato à classificação complicada que tiveram para a Olimpíada – foi a última dupla a garantir vaga na competição.

"Jogar Brasil contra Brasil é sempre difícil, pois os dois se conhecem muito. Ainda mais quando é decisão. É um jogo muito truncado, de paciência", analisa Emanuel.

Ontem, as duas partidas foram teoricamente fáceis, mas a dupla que jogou primeiro teve um pouco mais de trabalho – Marcio e Fábio venceram por 2 a 0 (22-20 e 21-17) os austríacos Gosch/Horst. Já os atuais campeões olímpicos estiveram quase perfeitos (21-18 e 21-16 contra os americanos Gibb e Rosenthal). Por isso até tentavam evitar de falar sobre a semifinal.

"Fizemos um jogo tão bom que quero pensar mais nele. Só amanhã (hoje) é que vamos decidir qual estratégia usar", diz Emanuel, que, no começo da partida, deu um bom susto em Ricardo.

Ao pular para o bloqueio, caiu de mal jeito com a mão no joelho direito. "E que susto. Imagine dois lesionados", afirmou Ricardo, revelando que também está sentindo dores na perna, de uma lesão antiga que não conseguiu curar no Brasil. "Dói, me machuca, mas nada que essa magia olímpica não me faça superar".

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Já o caso de Emanuel foi só dor mesmo: "Passou em 30 segundos".

Hoje será o dia de treinamento, um tempo livre a que os atletas do vôlei de praia não estão acostumados. Mas, aqui, quem sai em vantagem é a dupla do paranaense, que gosta mais da lacuna para estudar o adversário.

"É melhor, pois você tem tempo de armar uma estratégia. Analisar os vídeos. Depois da partida contra os russos, por exemplo, quando tivemos dois match points contra, conseguimos treinar para solucionar o problema. Se fosse no Circuito, jogaríamos de manhã e já à tarde seria a semifinal", disse.

A estratégia utilizada nas oitavas-de-final pelos adversários foi sacar em cima de Ricardo. Ontem, contra os americanos, a mesma coisa. Só o desempenho dos brasileiros é que foi bem diferente.

Na TV

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Márcio/ Fábio Luiz x Ricardo/ Emanuel, às 23 horas, na RPC TV, Band, SporTV, ESPN Brasil e BandSports.