Um talismã da sorte colocou um toque final em quatro anos de batalha dos garotos chineses da ginástica artística, que conquistaram o ouro da competição por equipes na terça-feira.
Cada um dos seis ginastas usou, no pulso, um fino barbante vermelho de um templo, nas finais, para ter boa sorte. Eles, claro, contaram com o duro trabalho realizado.
Os chineses já eram favoritos em 2004, depois de ter ganho seu primeiro ouro olímpico em Sudney-2000, mas uma série de erros nos exercícios do solo impediram que levassem medalha por equipes em Atenas.
As paralelas horizontais, tradicionalmente o aparelho mais fraco dos chineses, ficaram por último na terça-feira. E eles se apresentaram bem. Depois, quando a nota era anunciada, pularam num abraço conjunto, emocionado.
"A gente estava sob pressão desde que falhamos na meta de Atenas", disse o aliviado Yang Wei, que competiu em todos os aparelhos à exceção da barra fixa.
"Nós nos preparamos todo esse tempo. Cada dia, desde que voltamos da última Olimpíada, perguntávamos a nós mesmos: o que podemos fazer para estar prontos para a Olimpíada? Estamos fazendo o suficiente?"
Li Xiaopeng, 27 anos, em sua terceira Olimpíada, disse que tentou não deixar que a pressão o afetasse. "Na noite passada, fui dormir mais cedo que Yang Wei. Sim, eu senti a pressão, por isso precisava ficar quieto, para tentar ficar calmo", disse Li.
Zou Kai, o mais novo deles, que conseguiu o que seu orgulhoso técnico chamou de "performance quase perfeita" nas paralelas horizontais, parecia tão alegre quanto seus companheiros mais velhos, mas muito mais à vontade, quando encontrou os repórteres.
"Teve um pouco de pressão, mas isso também ajudou", ele disse. "Todo mundo batalhou junto."
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