Nas eliminatórias, ele brincou. Na final, também. A cinco dias de completar 22 anos, o jamaicano Usain Bolt venceu a prova dos 100m rasos e confirmou, em Pequim, o status de homem mais rápido do planeta. Mais que isso: comprovou sua marra, bateu no peito antes da linha de chegada e humilhou os concorrentes. Sem esforço, ficou com o ouro olímpico e quebrou o recorde mundial ao correr o evento mais nobre do atletismo em incríveis 9s69.
Antes da prova, ao ser apresentado, Bolt não aparentava nenhum traço de tensão. Ao contrário, fez graça para a torcida e mostrou a marra habitual.
Bolt era o atual dono do recorde mundial, com 9s72, desde o dia 31 de maio deste ano, quando atingiu a marca no Icahn Stadium, em Nova York. O feito de Bolt tinha desbancado Powell, que correu a prova em 9s74 em setembro de 2007, em Rieti, na Itália.
O duelo entre Bolt e Powell já vinha se desenhando desde as semifinais, quando o americano Tyson Gay, de forma surpreendente, foi eliminado. Gay ainda se recuperava de uma lesão muscular na perna e fez o tempo de 10s05, insuficiente para ir à final.
As performances de Bolt nas eliminatórias beiraram o deboche. Nas duas baterias, ele liderou a prova de forma tranqüila e chegou a olhar para os lados antes de cruzar a linha de chegada. Powell também se poupou antes da final e reduziu o ritmo antes de encerrar as provas.
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