A seleção feminina de vôlei fica com raiva cada vez que lembra da traumática derrota da equipe para a Rússia, de virada, na Olimpíada de Atenas. Depois de atropelar o time russo nesta segunda-feira, as brasileiras esperam ouvir cada vez menos perguntas sobre o desastre de 2004.
O time, que venceu a Rússia por 3 sets a 0 com folga (25-14, 25-14 e 25-16), passou por mudanças nesses quatros anos e, se tiver problemas para continuar avançando nesta edição da Olimpíada, será por questões técnicas e não mais psicológicas, como há quatro anos, segundo o treinador.
"É difícil dizer o que pode acontecer mais para frente, mas eu vejo que o time passou por uma mudança de posicionamento e mentalidade", afirmou o técnico José Roberto Guimarães, destacando a atuação de Mari, oposto do time, que "jogou taticamente muito bem apesar de ser caçada no passe e de ter um bloqueio russo monstruoso".
Para o treinador, o time já superou o trauma, mas "não aguenta mais responder sobre 2004. O pessoal não gosta, porque foi triste, foi horrível".
Zé Roberto lembrou que seu time venceu 116 jogos de 138 que disputou e que a equipe está focada o tempo todo, sabendo identificar e consertar erros rapidamente durante as partidas.
"O Brasil tem se mantido, está batendo na trave, mas uma hora tem que acontecer", disse o técnico brasileiro sobre as derrotas na semifinal da Olimpíada de 2004 e na final do Mundial de 2006, ambas pela Rússia.
O treinador brasileiro disse que a vitória nesta segunda-feira aconteceu diante de um time russo lento no contra-ataque, algo que ele já tinha visto quando a seleção russa perdeu para a Itália. "A Itália nos ensinou o caminho para essa vitória", disse Zé Roberto, chamando o jogo de "histórico" pelo placar dilatado aplicado pelo Brasil.
Já o técnico da Rússia, o italiano Giovanni Caprara, declarou que o Brasil venceu porque disputou mais torneios internacionais este ano, enquanto sua equipe ficou de fora do Grand Prix. "O Brasil tem um nível muito elevado, algo que ainda não alcançamos", afirmou eleDepois de passar pela Rússia, o Brasil pegará a Sérvia, considerada por Zé Roberto como um time tão rápido quanto o Brasil. "Eles são os brasileiros da Europa."
O treinador brasileiro também apontou que Cuba será a primeira a se classificar em seu grupo e que será um adversário "complicado" num eventual cruzamento com o Brasil. Cuba é tricampeã olímpica de vôlei e já venceu os Estados Unidos em Pequim por 3 sets a 0.
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