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O Brasil da pivô Clarissa sucumbiu diante da forte seleção da Austrália | Timothy A. Clark/ AFP
O Brasil da pivô Clarissa sucumbiu diante da forte seleção da Austrália| Foto: Timothy A. Clark/ AFP

A derrota para a Austrália ontem, por 67 a 61 – a terceira seguida nesta Olimpíada –, deixou a seleção feminina de basquete em situação complicada em Londres. Amanhã, a equipe do técnico Luiz Cláudio Tarallo tem de vencer o Canadá para continuar na disputa. A derrota tira a chance de as brasileiras obterem a quarta colocação do grupo B e seguir na competição.

Na Arena Basketball, ontem, o Brasil evoluiu tecnicamente. Mas não foi o suficiente para barrar as australianas, que agora são as segundas colocadas do grupo, um ponto atrás das francesas, que somam seis e ontem venceram o Canadá por 64 a 60.

O resultado abalou psicologicamente a equipe. Ao fim da partida, as brasileiras deixaram a quadra chorando. Outra dificuldade que Tarallo terá de contornar para o jogo decisivo com as canadenses, além das falhas técnicas. "A gente merece ganhar. Mas eu já não sei mais o que fazer. São detalhes que estão fazendo a diferença. Estou chorando porque melhoramos e queremos a vitória", desabafou, bastante emocionada, a ala/armadora Joice de Souza depois da partida.

A ala Karla, cestinha do jogo com 22 pontos, disse que a equipe melhorou em relação às duas partidas anteriores. Mas admite que ainda há falhas a serem corrigidas, em uma luta contra o tempo. Uma das jogadoras mais experientes do grupo, com 34 anos, Karla afirma que a seleção havia entrado na Olimpíada para conseguir o primeiro lugar da chave, o que não foi possível. "Agora vamos lutar até o fim pela quarta vaga que é o que nos resta. Daqui para frente é só a vitória que interessa. Não temos mais gordura para queimar", enfatizou.

Karla, ao lado da armadora Adrianinha, promete se dedicar ainda mais nos treinos até o jogo com o Canadá, já que a derrota custará a despedida precoce de ambas dos Jogos Olímpicos – elas não estarão no Rio-2016 pela idade avançada. "Tem um monte de gente dizendo que nosso time é ruim, mas estamos lutando, dando o nosso máximo. Queria orgulhar meus pais e meu país. Até porque para mim e para a Adriana não tem mais depois", resignou-se Karla.

Opinião compartilhada pela outra veterana, que afirma que o time consegue levar a partida até certo ponto, mas não mantém o ritmo na hora de decidir. "A gente se colocou nessa situação e agora é vencer ou vencer. É a última [Olimpíada] da minha carreira e eu ainda quero a medalha", ressaltou Adrianinha.

Além do Canadá, o Brasil ainda enfrenta a anfitriã Grã-Bretanha na última partida do grupo B, dia 5.

Na hipótese de avançar à próxima fase, classificando-se na quarta posição do grupo B, a seleção brasileira terá pela frente nada menos que os Estados Unidos, que deverão ficar com o primeiro lugar do grupo A, caso não haja nenhuma surpresa. As norte-americanas foram campeãs nas últimas quatro Olimpíadas e favoritíssimas ao penta em Londres.

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