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Scheidt (esq.) e Prada ‘apresentam’ a medalha de bronze obtida na classe Star | Jorge Zapata/ EFE
Scheidt (esq.) e Prada ‘apresentam’ a medalha de bronze obtida na classe Star| Foto: Jorge Zapata/ EFE

Projeção

Veja as perspectivas do país na semana derradeira.

Atletismo (1 medalha): Maurren Maggi, a partir de amanhã, às 15h05. Apesar de ser a atual campeã olímpica, não está entre as favoritas ao pódio.

Natação (1): Ana Marcela Cunha, campeã mundial, está cotada para ganhar a maratona aquática, quinta-feira, às 8 horas.

Tae kwon do (1): Natália Falavigna, atual bronze na categoria + 67 kg, corre por fora. Apesar da má fase, a revista Sports Illustrated aposta em um bronze. A disputa será na sexta-feira.

Vôlei de praia (3): Alisson e Emanuel e Juliana e Larissa são favoritos ao ouro. Homens decidem na quinta, mulheres na quarta. Ricardo e Pedro Cunha correm por fora.

Vôlei (2): Brasil, mesmo sem encantar no masculino, deve brigar por pódio ao menos. O feminino tem poucas chances, mas pode se reabilitar.

Futebol (1): Seleção brasileira, sem adversrários de expressão pela frente, tem tudo para brigar pelo ouro no sábado.

Hipismo (1): Doda zerou o percurso nas eliminatórias do salto e vai confiante para a decisão, em 1º no individual. A final será quarta.

Boxe (3): Esquiva Falcão (75 kg) luta hoje, 17h45, para garantir o pódio. O mesmo vale para Adriana Araújo, às 11 h. Yamaguchi Falcão também luta pelo pódio, quarta-feira, às 18h30.

Robert Scheidt e Bruno Prada não subiram ao pódio com o sorriso esperado. Os velejadores da classe Star – apontados como favoritos ao ouro na prova – ficaram aquém do 01fiel retrato do Brasil nos Jogos de Londres.

Scheidt até tinha motivos para festejar. Com o 3.º lugar na regata, ele se tornou o maior medalhista do país em todos os tempos, com cinco – duas de ouro, duas de prata e agora este bronze.

Feito histórico para o paulista, pouco ainda para as pretensões brasileiras para a disputa no Reino Unido.

Restando apenas uma semana para o término da competição, o país está distante das projeções do Comitê Olím­­pico Brasileiro (COB) e, mais ainda, do governo federal – grande financiador dos atletas nos últimos quatro anos. Ontem, o time nacional fechou o 9.º dia na 27.ª posição geral do evento, com somente sete pódios.

Antes do embarque para a Inglaterra, a entidade revelou a expectativa de, no mínimo, repetir o desempenho de Pequim-2008. Na China, a delegação nacional pôs 15 medalhas no peito – sendo três de ouro, quatro de prata e oito de bronze.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, vislumbrou uma marca mais ousada: 20 hasteamentos da bandeira. "Creio que, com investimentos públicos que fizemos em esporte de alto rendimento e infraestrutura, temos condições de sonhar com isso.", disse o político, antes do evento.

Desde 2009, início do ciclo olímpico, a União injetou quase R$ 1 bilhão no esporte. O COB ainda dispôs de dinheiro da Lei Agnelo/Piva, repassados dos recursos das loterias, na ordem de R$ 421 milhões.

Para justificar essa avalanche de investimentos públicos, e bater pelo menos a conta do COB, os brasileiros terão até o próximo domingo que, como se diz popularmente, "correr atrás do prejuízo".

Isso porque o Brasil já deixou para trás algumas medalhas consideradas possíveis. Casos da saltadora Fabiana Murer, do futebol feminino, do ginasta Diego Hypólito e do nadador Cesar Cielo nos 100 metros livre.

Do que ainda falta disputar, o país têm grandes chances de ir ao pódio com o futebol masculino e as duplas de vôlei de praia de homens e mulheres. Seriam mais quatro medalhas, chegando a 11.

Na contagem mais otimista, prevendo um desfecho sensacional da delegação, haveria mais 13 condecorações em relação aos números atuais – totalizando 20.

Resta então esperar e, principalmente, torcer para que, mesmo com mais investimentos, o Brasil não volte da Inglaterra de bagagem mais leve.

No momento, apenas Scheidt tem motivos para otimismo. "Ganhar a quinta medalha é uma honra muito grande. Estou muito orgulhoso e quero disputar os Jogos no Rio, em 2016", comentou o atleta, que esteve entre os três primeiros nas últimas cinco edições da Olimpíada.

Mas também a lamentar, pois poderiam ganhar a classe Star neste domingo. "Tínhamos a previsão que o vento ia entrar para o lado esquerdo no começo da regata. Fomos para lá, mas não aconteceu. Largamos mal e ficou difícil recuperar. Foi um erro, infelizmente", disse, ao analisar a última regata, vencida pelos azarões Fredrik Loof e Max Salminen, suecos que iniciaram a prova atrás dos brasileiros na classificação.

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