O Brasil teria diante da Rússia o seu primeiro grande teste na Olimpíada de Londres, ontem à tarde. O desafio terminou em derrota, por 75 a 74. Mesmo assim como se pode perceber na diferença de apenas um ponto , a seleção aprovou o desempenho.
Convicção de que está mesmo no caminho do pódio agora na prática, não somente na teoria que poderia ter vindo com uma vitória, não fosse uma cesta de três pontos improvável dos russos a quatro segundos do encerramento.
Os brasileiros tinham dois pontos de vantagem e a bola era dos adversários. Fridzon recebeu, bateu para o fundo e, da zona morta, desequilibrado, virou o placar. Leandrinho ainda tentou um arremesso desesperado, sem sucesso.
Na saída da quadra, o russo revelou, meio sem jeito com o status de salvador e o assédio dos repórteres estrangeiros: "Eu apenas lancei, não sei como entrou". Foi a única tentativa de longa distância dele.
"Eu acho que serve de aprendizado. Para não repetir mais. A moeda poderia ter caído para o outro lado. Infelizmente, não caiu. O Rubén [Magnano, técnico] sempre pede para que tenhamos inteligência emocional nesses momentos", disse o armador Marcelinho Huertas.
Foi ele quem deixou a equipe em ótimas condições para vencer, abrindo dois pontos em jogada individual a seis segundos do fim. Antes, Leandrinho e o americano Larry Taylor também tiveram papel importante, comandando a recuperação que evaporou uma diferença de 12 pontos. "Ele [Fridzon] nunca mais vai acertar uma cesta assim. Foi sorte. Uma pena", resumiu Leandrinho, o cestinha verde e amarelo com 16 pontos.
Um revés traumático, sem dúvida. O descontentamento estava nas expressões dos atletas logo após a partida. Mas o jogo teve outro lado positivo, com a melhora do desempenho, depois de dois triunfos pouco convincentes ante Austrália e Grã-Bretanha. Já classificado, o Brasil tem chances de ficar na terceira posição do grupo B, o que o livraria de EUA e Argentina em um confronto precoce. Se a projeção acabar confirmada, a França deverá ser a oponente nas quartas de final. "Não acabou aqui", alertou Magnano.
O próximo jogo é amanhã, às 12h45 (de Brasília), contra a China.
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