Leandro Guilheiro e Tiago Camilo chegaram com a mesma expectativa a Londres: chegar a três medalhas olímpicas, feito inédito para o Brasil na modalidade. O primeiro saiu do tatame de mãos vazias na categoria até 81 kg, ontem. O fracasso do companheiro, considerado favorito, serviu de alerta ao segundo.
Camilo é o 7.º colocado do ranking mundial, mas também está na lista da CBJ como aposta de medalha. Antes de ir para o combate, festeja um objetivo cumprido. "Queria me classificar sem ser o melhor, não queria ser o cara. Quando eu era número 1, os judocas lutavam para me bloquear. Era o cara a ser batido", explica o sexto cabeça de chave.
Em sua primeira Olimpíada, em Sydney-2000, foi prata na categoria até 73 kg. Ficou fora dos Jogos de Atenas e, em Pequim-2008, arrebatou o bronze na classe até 81 kg. Aos 30 anos e em um novo peso, cabe a Tiago defender, hoje, a "velha guarda" da seleção. Até agora, as duas medalhas brasileiras são frutos da renovação na equipe. Sarah tem 22 anos; Kitaday, 23. "É inevitável [não pensar em pódio]. Todo mundo espera o ouro", admite. Em seu primeiro duelo, Camilo enfrenta o ucraniano Roman Gontuik, às 6h05. No feminino, Maria Portela enfrenta, às 6h19, a colombiana Yuri Alvear na categoria até 70 kg.
Ontem, Guilheiro, número 1 da sua categoria, perdeu nas quartas de final para o norte-americano Travis Stevens (8.º do ranking). Depois, sucumbiu diante do japonês Takahiro Nakai na repescagem. Pela primeira vez, ficou fora do pódio olímpico. "Foi meu melhor ciclo olímpico, fiz minha melhor preparação, mas eles foram melhores", declarou o bronze em Atenas-2004 e em Pequim-2008.
A paulista Mariana Silva não passou do primeiro confronto da categoria até 63 kg. Perdeu para a chinesa Lili Xu, 6.ª melhor do mundo.
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