Robenilson de Jesus não resistiu ao terceiro campeão mundial que enfrentou e caiu ontem nas quartas de final do torneio de boxe da Olímpiada de Londres. A derrota para o cubano Lázaro Alvarez Estrada, por 16 pontos a 11, tirou a oportunidade de o brasileiro conquistar a primeira medalha da modalidade na capital inglesa, na categoria galo (até 56 quilos).

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Como no boxe não há decisão de terceiro lugar, Robenilson teria garantido no mínimo o bronze se tivesse vencido o combate contra o atual campeão do mundo. "Caí em uma chave dura", lamenta o boxeador baiano, chateado com o insucesso.

Para o técnico João Bar­­­ros, se Robenilson tivesse enfrentando qualquer outro oponente ontem, teria chegado à semifinal dos Jogos Olímpicos. "O cubano é muito esguio, muito difícil de pegar", avaliou o técnico.

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Após começar bem o combate, o lutador baiano tinha dificuldade em fugir dos golpes rápidos e potentes de Estrada. "Tentei dosar a luta. Mas ele além de bater também me marcou bem", lamenta o boxeador.

Visivelmente cansado no último round, Robenilson diz que o que pesou mais na luta foi o lado psicológico. "Larguei na frente, mas não consegui segurar o cubano", afirma.

Robenilson também considera que se tivesse uma estrutura melhor para treinamentos, ele e os companheiros teriam mais chances de chegar de pódio em Londres. Para o pugilista, o fato de o Brasil não ter um local de trabalho adequado para a seleção nacional pesa, especialmente nas competições internacionais.

"Se tivéssemos um centro de treinamentos nosso boxe daria um salto enorme [de qualidade]. Poderíamos chegar ao mesmo nível de Cuba e Itália", afirma Robenilson, que mesmo assim ressaltou a evolução da estrutura de Pequim-2008 para a competição londrina.

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