Gamovinha
Chamada de "Gamovinha" pela líbero Fabi em uma referência à oposta da Rússia, destaque do time na Olimpíada Sheilla, jogadora decisiva no fim do tie-break, reconheceu que precisa se esforçar um pouco mais do que a gigante de 2,02 m para colocar a bola no chão. "Tenho de fazer um pouco mais de força para virar as bolas do que a Gamova, porque ela ataca por cima do bloqueio, e eu tenho que ir pelos lados", admitiu a atacante, que anotou 27 pontos na partida. A Gamova original ficou atrás, com 25 bolas certas.
As várias maneiras de celebrar a vitória sobre a Rússia
Demorou, mas ontem, com o grito de "o campeão voltou" na quadra da Arena Earls Court, a seleção feminina de vôlei venceu a Rússia por 3 sets a 0 (24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19) e finalmente entrou na busca do bi olímpico. Foi com o apoio da torcida que as comandadas de José Roberto Guimarães conseguiram buscar seis match points no último set, o que garantiu não só a classificação à semifinal, mas também o fim do estigma de que o Brasil não conseguia ganhar da Rússia, em referência à derrota na final olímpica de Atenas-2004 e dos tropeços nos Mundiais de 2006 e 2010.
"Nós tínhamos de, infelizmente, provar para todo mundo que podíamos vencê-las. Criaram esse estigma de que o Brasil não vencia a Rússia, mas agora acabou", comemora Zé Roberto, que no fim do jogo deixou de ser o técnico comedido de sempre para extravasar a alegria dando quatro "mergulhos" na quadra. "Eu estou tão feliz que se pudesse daria peixinho no ginásio todo", festeja.
Mais do que a parte técnica e tática, Zé Roberto destacou o apoio da torcida e o equilíbrio mental das jogadoras como fatores decisivos na classificação. "A gente ouviu a torcida cantando o campeão voltou e aquilo mexeu com a gente. Deu uma força muito grande", afirma.
Sobre a conduta mental da equipe, o treinador afirma que depois da derrota para a Coreia do Sul, a segunda na primeira fase do torneio, o grupo assimilou que deveria botar menos pressão sobre si mesmo. "Naquela partida parecia que a cada erro o mundo ia acabar. Contra a Rússia, o time soube jogar tranquilo, sem se cobrar tanto", avalia.
Para Paula Pequeno, o Brasil ganhou o duelo quando soube reagir à marcação errada da arbitragem na bola dentro de Fernando Garay, quando o placar marcava 11 a 9 no último set. "Ali foi o grande crescimento do time nesse campeonato. A gente não se descontrolou", avalia.
A meio de rede Thaisa enfatiza que tanto a reação ao erro do árbitro, como a recuperação em seis match points russos, foram reflexos da tranquilidade da equipe. "Foi a vitória do grupo, que estava de cabeça fria. Todo mundo ficou muito brabo com a marcação da arbitragem, mas nos mantivemos frias, calculistas para rodar a bola. Vencemos na base dessa confiança."
As jogadoras também dizem acreditar que, do jeito que conquistaram a vitória sobre a Rússia, estão mais confiantes para encarar o Japão amanhã, às 15h30 (de Brasília). E, passando da semifinal, também para a decisão em busca do segundo ouro olímpico. "Demos um passo enorme hoje [ontem]. A equipe cresceu na hora certa para buscar o bi", reforça a capitã Fabiana.
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