Destaque da seleção brasileira, a goleira Chana Masson chora após a derrota| Foto: Srdjan Suki/ EFE

Por causa de mais um apagão em quadra, o Brasil foi desclassificado nas quartas de final do handebol. Assim como já havia acontecido na vitória sobre Angola, na primeira fase do torneio, quando a seleção acabou na liderança do Grupo A, o time voltou a se desligar ontem. Só que desta vez a desatenção foi diante da atual campeã olímpica, mundial e europeia, a Noruega, que não perdoou: 21 a 19.

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Após terminar a primeira etapa vencendo por diferença de quatro gols (13 a 9), o Brasil encontrou muita dificuldade em passar pela barreira norueguesa no segundo tempo. A equipe chegou a ficar dez minutos sem marcar gol, principalmente por causa do excesso de erros no ataque, o que privilegiou o contra-ataque fulminante norueguês. "É comum uma equipe ter dificuldade em fazer gol durante a partida. Mas dez minutos é muito tempo", avalia o técnico da seleção brasileira, o dinamarquês Morten Soubak.

A pivô Dani defende que, pela evolução que o handebol feminino brasileiro vem apresentado desde a quinta colocação no Mundial do ano passado, essa equipe estava preparada para brigar pelo pódio. Emocionalmente, porém, o time ainda precisa de ajustes. "Nesse primeiro tempo conseguimos mostrar o que é realmente o handebol brasileiro. Só que a gente viu também que não consegue manter 60 minutos. A ansiedade, a vontade muito grande de ganhar atrapalhou", avalia, exaltando o primeiro tempo contra a Noruega como o grande momento da seleção em Londres.

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O treinador também rendeu elogios ao time e destacou o crescimento do conjunto nacional nos últimos meses. Algo que, afirma ele, pegou a Noruega desprevenida. "Elas entraram ao jogo pensando que o Brasil era fácil e viram que não era. Nos últimos anos evoluímos muito defensivamente e fisicamente. E isso é bem claro. Comparada ao Mundial, a equipe está melhor", argumenta o técnico.

Apesar de as 14 atletas da seleção jogarem na Europa, Moubak considera que falta ao Brasil ter mais jogadoras de alto nível. "Para isso, é preciso reforçar as disputas, não só as adultas, mas também as de base", completa o dinamarquês.