Aberto na tarde de sábado (28), com destaque para o jogo vencido pelo número 1 do mundo, Roger Federer, na quadra central, Wimbledon mostrou-se diferente do que os fãs do tênis estão acostumados no Grand Slam. Permanece chique frequentar o All England Lawn Tennis and Croquet Club, claro. Mas dá para relaxar.
A mudança mais notável é o colorido na praça esportiva, localizada em região abastada ao sudoeste de Londres. Comumente, predominam o branco obrigatório dos uniformes e o verde das instalações. Na Olimpíada, os atletas podem vestir as cores de seus países enquanto o rosa (ou roxo?) realçou as sinalizações.
"O espírito dos Jogos permite isso. São muitas modalidades, pessoas de vários lugares do mundo, acho mais legal. Em todo o caso, seria ótimo de qualquer maneira", avalia o engenheiro Anderson Moreira. Carioca, que partiu do Brasil rumo à Inglaterra para conhecer o templo do tênis.
O gramado, por sua vez, também não é exatamente aquele visto no início de julho, perfeito, quando aconteceu disputa do tradicional torneio inglês. Os organizadores prometeram e até tentaram. No entanto, já na rodada inaugural, o piso apresenta uma pronunciada calvície na área de saque.
Outra diferença está no público. Com ingressos mais acessíveis, ir a Wimbledon deixou de ser no período olímpico programa para quem dispõe de algumas centenas de libras para as entradas e assiste aos duelos bebericando champanhe e comendo morangos.
"Sempre quis vir, mas nunca tive condições. Que bom que o tênis está sendo aqui", comemorou a americana Sharon George, acompanhada do marido, também fanático pelo esporte.
Por sua vez, as reações quase não se alteraram. Estão mais efusivas do que o normal e permitido sem gritaria. Mas são até engraçadas para quem, como os torcedores brasileiros, cresceu em estádio de futebol.
Aplaude-se qualquer jogada bonita mesmo do adversário. O "xiiii" também é um clássico, para advertir aqueles que ousam quebrar o silêncio. E quando algo dá errado, ou uma bolinha aparentemente perdida quase é salva, ecoa um "ooohhh".
Som semelhante reverberou quando Federer heptacampeão em Wimbledon, que suou para vencer o confronto com o colombiano Alejandro Falla, por 2 sets a 1 aplicou a chamada "madeirada" (quando a bolinha bate no corpo da raquete). Neste caso, a resposta foi puro constrangimento.
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