Onze minutos olímpicos que vão render motivação para os próximos quatro anos. O esgrimista paranaense Athos Schwantes fez apenas um duelo nos Jogos de Londres, nesta quarta-feira (1º), no Excel Arena e, mesmo com a derrota que o eliminou logo na primeira rodada, diz-se satisfeito com sua performance. E já projeta a participação para os Jogos do Rio, em 2016.
No confronto pela modalidade espada, teve pela frente o esgrimista Bas Verwijlen, 28 anos, vice-campeão mundial e quinto lugar do ranking. O holandês começou melhor o embate que durou 11 minutos abrindo três pontos de vantagem no primeiro tempo; no segundo, ampliou a diferença para sete pontos. Mas, no terceiro tempo, aconselhado pelo técnico italiano Fillipo Lombardo, Athos mudou a estratégia de luta e esboçou uma reação, com três ataques válidos consecutivos. Ainda assim, não foi o suficiente para o curitibano surpreender e largar como azarão. Perdeu por 10 a 15.
"Ele entrou em um ritmo bom e eu peguei o ritmo mais para o final. Espero que ele se classifique para o Rio, porque vai ser uma história bem diferente. Em 2016, vou ter a chance de dar o troco", afirmou após a derrota.
Para a próxima olimpíada o Brasil, como país-sede terá direito a inscrever atletas em todas as modalidades, Athos já decidiu: segue treinando em Roma, onde está há um ano e meio, sob a tutela de Lombardo, para seguir na crescente técnica que colocou em prática na Olimpíada.
"Foi o que vim buscar aqui. E pude perceber a evolução. Em um minuto de jogo, um atleta consegue ver umas quatro falhas de jogo, que tem menos experiência, enxerga uma, ficando em desvantagem. Eu e o Bas temos uma história parecida: somos de família de esgrimistas, começamos a treinar cedo. Mas ele teve essa experiência [de competir muito na Europa] a vida toda. Eu estou tendo isso há um ano e meio", compara o atleta de 26 anos.
Bastante tranquilo após o combate, Athos conta não ter se sentido nervoso, por competir sem a pressão por um resultado. "E Olimpíada é uma competição diferente. Favoritos perderam lutas hoje [ontem] antes da minha e estava contando com poder surpreender. Senti que o holandês estava mais nervoso. Mas depois, encaixou bem o jogo. Dei meu máximo, em nenhum momento me desconcentrei. Todos os toques, ele construiu", diz o paranaense sobre seu desempenho no duelo.
Deixe sua opinião