| Foto: Marco Sanchotene, enviado especial/ Gazeta do Povo

Para o delírio

O britânico Alistair Brownlee levou o ouro com o tempo de 1h46m25s. A prata ficou com o espanhol Javier Gomez, que cravou 1h46m36s, enquanto o bronze foi para o britânico Jonathan Brownlee, irmão do campeão Alistair, que marcou 1h46m56s. Os brasileiros que participaram da prova, Reinaldo Colucci e Diogo Sclebin, terminaram em 36º e 44º, com tempos de 1h50m59s e 1h51m51s, respectivamente.

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Competições disputadas na rua são uma chance para o público ver in loco um pouquinho de uma prova olímpica mesmo sem ter um ingresso. Foi isso que fez muita gente ir ontem ao Hyde Park, centro de Londres, acompanhar o triatlo masculino. O trajeto inteiro estava tão lotado de torcedores que muitos desistiram de se espremer e foram ver a disputa em telões instalados perto das arquibancadas, onde o clima também era de festa.

Era comum ouvir comentários de quem não conseguia ver muito da prova. "Está muito mais difícil do que na maratona", disse uma pessoa. "A gente devia ter ficado em casa e assistido pela televisão", brincou outra. A impressão era de que valia tudo para ficar mais alto e enxergar os atletas. Alguns subiram em latas de lixo, cabines telefônicas, árvores, cercas ou esculturas, enquanto outros levaram caixas ou escadas. Mas o pessoal da organização das Olimpíadas era rápido em pedir para as pessoas descerem de locais perigosos – geralmente de forma bem-educada. "Moça, nós sabemos que é difícil ver a prova daqui, mas por favor não suba na cerca, porque você pode cair e se machucar", disse um, pelo megafone.

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O professor britânico Mark Weavers aproveitou as férias escolares de verão para tentar ver o triatlo com a esposa Maddy Parkinson e o filho de um ano. Eles ficaram próximo do lago Serpentine, bem no meio do parque, onde foi disputada a primeira etapa da prova, a natação. "Conseguimos ver um ‘splash’ na água e foi isso. De repente todo mundou começou a andar para outro lugar", disse, bem-humorado.

A inglesa Geraldine Scanlon também não conseguiu ver muita coisa da natação e foi para a frente de um telão montado entre o lago e a pista. "O clima está muito legal com tanta gente aqui. Depois vou tentar ver uma parte da corrida", disse. A corrida, no entanto, estava mais difícil ainda de ver. Como o trajeto era menor do que a etapa da bicicleta, muitas pessoas mudaram de lugar para continuar acompanhando a prova, o que deixou o trajeto ainda mais cheio de gente.

Para a australiana Rose­­mary Higgs, que está em Londres para uma temporada de quatro meses, o trajeto mais curto do triatlo e o recente sucesso dos britânicos nos Jogos explica a lotação no Hyde Park. "Fui ver o ciclismo no primeiro dia da Olimpíada e havia pouca gente na rua. Estava bem mais fácil de ver os atletas, enquanto aqui está quase impossível. Acho que os britânicos se empolgaram com a quantidade de vitórias que eles tiveram da semana passada para cá e vieram aos montes", disse.

*Correr, pedalar e nadar