Inédito
O vôlei feminino dos Estados Unidos sempre esteve no pódio nos últimos anos. Elas ganharam três títulos seguidos do Grand Prix e também ficaram com o vice na Copa do Mundo de 2011. Em Londres, busca um feito inédito. As norte-americanas ainda não têm o ouro no feminino. Elas chegaram à final em 2008, mas ficaram com a prata depois da derrota por 3 sets a 1 para o Brasil. Antes, tinham outra prata de Los Angeles-1984, quando foram derrotadas pela China na decisão. Já o Brasil disputará medalha no vôlei feminino pela quinta Olimpíada seguida. O país sobe no pódio desde o bronze em Atlanta-1996, culminando com o ouro em Pequim-2008.
O técnico José Roberto Guimarães contou com um apoio mais do que especial na classificação da seleção feminina de vôlei à sua segunda final olímpica seguida, na vitória por 3 sets a 0 sobre o Japão (25/18, 25/15 e 25/18). Ontem, antes de desligar o celular de manhã para tentar se afastar da ansiedade da semifinal que se aproximava, Zé Roberto conseguiu ler a primeira mensagem do dia no aparelho. Era o ex-meio de rede Paulão, que, justamente na data em que se completavam 20 anos da conquista do ouro em Barcelona, fez questão de dizer ao treinador que continuasse com a mesma dedicação de duas décadas atrás para não só passar pelas japonesas, como também buscar sua terceira medalha dourada fato que nenhum atleta brasileiro obteve até aqui.
"Tenho certeza que quando ligar o telefone vai ter mais um monte de mensagens deles. Nesse momento, isso [lembrar dos 20 anos de Barcelona] é ainda mais especial", enfatiza o treinador. Na final, o Brasil enfrenta os Estados Unidos, equipe que está invicta em Londres e que venceu ontem a Coreia do Sul também por 3 sets a 0.
Na vitória sobre as japonesas, Zé Roberto voltou a enfatizar a recuperação da equipe após quase não ter se classificado na primeira fase. Com más apresentações, o Brasil perdeu dois jogos na fase de grupos, incluindo as adversárias da final, que venceram por 3 sets a 1 na segunda rodada do torneio. "Esse time chegou ao fundo do poço. A gente corria o risco de não se classificar e estava todo mundo desesperado, porque não passava pela nossa cabeça voltar para o Brasil dessa maneira. Mas na dificuldade o time se uniu", enfatiza o técnico.
Depois da primeira fase, as jogadoras chegaram a ter uma conversa em grupo para tentar ajustar os erros. Segundo Zé Roberto, todas falaram e chegaram à conclusão de que precisavam jogar mais em grupo. O que deu resultado, revela a meio de rede Thaisa, para quem o time passou a jogar com mais alegria após resolver suas diferenças internas. "Antes, se uma errava a gente só cobrava. Agora, se uma erra, a gente apoia e diz que na próxima bola vai acertar", enfatiza.
Contra o Japão, ao contrário da vitória sobre a Rússia, nas quartas de final, quando o time teve de buscar seis match poits no último set, em nenhum momento o Brasil foi ameaçado. Em apenas 1h10 min, as jogadoras mataram o jogo. Resultados de ajustes técnicos e táticos em relação às últimas partidas. "A gente impôs o ritmo o tempo todo porque melhoramos no passe e na defesa. Na verdade, tudo foi perfeito, por isso tivemos mérito", avalia a ponta Jaqueline.
Na final, Fabi considera as americanas favoritas. A líbero lembra que nas três últimas decisões com as americanas o Brasil perdeu. Mesmo assim, considera que a experiência de serem as atuais campeãs olímpicas e a evolução que vêm tendo em Londres farão a diferença na decisão. "Gostaria que não tivesse sido nada do jeito que foi. Mas isso nos tornou mais fortes e vamos chegar para levar o ouro", ressalta Fabi.
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