Emanuel se despede dos Jogos Olímpicos com uma prata| Foto: Daniel Garcia / AFP

Os Jogos Olímpicos de Londres marcaram a provável - e em alguns casos certa - despedida de veteranos, bem como a chegada de jovens atletas ao pódio. Se alguns deles terminaram de escrever suas histórias em 2012, outros prometem ainda mais em 2016.

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Puxando a fila dos veteranos está Emanuel do vôlei de praia. Aos 39 anos, o medalhista de prata em Londres deve ter encerrado sua trajetória olímpica com três medalhas. No Rio de Janeiro, ele terá 43 anos, o que é bastante para sua modalidade e já admite parar.

"Hoje, jogar em 2016 não faz parte do meus planos, mas vamos ver como as coisas acontecem nos próximos anos. Sou muito exigente comigo mesmo e, quando não estiver mais em nível competitivo, serei o primeiro a perceber que chegou a hora de parar. Vou seguir, pelo menos, até o fim de 2013", afirmou o atual parceiro de Alison.

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Outros brasileiros em fim de carreira estão no vôlei. Giba, 35 anos, e Ricardinho, 36, já afirmaram anteriormente que Londres seria a última parada olímpica deles. Os dois fizeram parte da mais vitoriosa geração do vôlei brasileiro e encerraram a vida olímpica com uma medalha de prata. Outro jogador da equipe que se despede é o líbero Serginho, 36, pioneiro da posição e considerado o maior de todos os tempos dela, que fez um pedido emocionado.

"Quem vestir essa camisa que vesti por 12 anos, que cuide com carinho. Honrar esta camisa como todos honraram hoje apesar da derrota", Serginho chorando.

Não só brasileiros que estão dando o canto do cisne olímpico, no tênis, esta pode ter sido a última olimpíada de vários tenistas. O mais famoso da lista é o suíço Roger Federer, que aos 31 anos e com a prata na simples não tem tantas esperanças de estar em alto nível em 2016.

Duplistas medalhistas de ouro, Bob e Mike Bryan, irmãos gêmeos de 34 anos, são outros com idade avançada. Porém, o tênis de duplas ainda permite maior longevidade dos atletas, o que pode até dar um prolongamento de carreira para Max Mirnyi, 35, ouro nas duplas mistas, e para Serena, 30, e Venus Williams, 32, ouro nas duplas femininas, tendo a primeira tendo vencido também nas simples. Mas eles, caso sigam adiante, serão azarões nas quadras cariocas.

A ciclista britânica Victoria Pendleton foi ouro no Keirin e prata na Arrancada. Aos 31 anos, é outra que dificilmente irá adiante no Rio de Janeiro.

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Fonte da juventude

A natação é, ao lado da ginástica, um esporte de jovens. Por isso, a aposentadoria de Michael Phelps, maior medalhista da história dos Jogos com 22 medalhas, é normal dentro da modalidade. Ele abrirá espaço para alguns jovens, entre eles ainda adolescentes.

Um dos cotados a ocupar destaque na natação está o sul-africano Chad Le Clos, de 20 anos. Ele superou Phelps nos 200 metros borboleta, mas ficou atrás do lendário nadador nos 100 metros borboleta. Mais maduro no Rio, ele poderá ter mais destaque ainda.

Velocidade é o forte de Florent Manaudou, 21 anos, irmão de Laurie Manaudou e ouro nos 50 metros livres, desbancado Cesar Cielo, o favorito da prova. É a mesma idade de Ranomi Kromowidjojo. A holandesa saiu de Londres com três medalhas, dois ouros e uma prata, tendo vencido os 50 e 100 metros livre e sendo vice no revezamento 4x100 livre. São dois atletas que devem vir ao Rio no auge. O mesmo vale para o chinês Yang Sun, 20 anos, ouro nos 800 e 1.500 metros já em Londres.

Três adolescentes são as mais promissoras das piscinas: Missy Franklin 17, americana dona de cinco medalhas, Shiwen Ye, chinesa de 16 anos que quebrou recordes e pegou dois ouros, e Ruta Meilutyte, lituana de 15 anos que foi ouro nos 100 metros peito. Resta saber se irão evoluir até o Rio ou serão engolidas por novas adolescentes da natação que virão por aí.

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Jovens em evidência

Os Jogos do Rio de Janeiro prometem ser o auge para outros jovens atletas que já causaram impacto em Londres. No atletismo, dois herdeiros de Usain Bolt prometem: Yohan Blake, 23 anos, prata nos 100 e 200 metros rasos e ouro com a Jamaica nos revezamento 4x100, e Warren Weir, 22 anos, bronze nos 200 metros rasos.

Também no atletismo, o granadino Kirani James, de apenas 19 anos, conquistou a primeira medalha da história de seu país, o ouro dos 400 metros rasos. No Rio de Janeiro, ele ainda estará mais perto de seu auge como atleta, mesmo sendo uma estrela solitária de uma nação.

O judô brasileiro é uma modalidade que dá ainda mais esperanças para 2016. A medalhista de ouro Sarah Menezes ainda tem 22 anos e Mayra Aguiar, dono de um bronze, apenas 21.

Ainda mais nova é a ciclista britânica Laura Trott, de 20 anos, dona de dois ouros, mostrando que o ciclismo do país sede de 2012 se renova para 2016. E quem terá uma chance de reinar nas quadras de tênis é Victoria Azarenka, 23 anos, prata em simples e ouro nas duplas mistas. A bielorrussa poderá estar lá no topo do mundo.

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