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Estafe do ‘show’ Rio-2016: Marco Balich, diretor, Leonardo Gryner, executivo, Daniela Thomas, diretor de arte, Cao Hamburger, produtor, e Abel Gomes, diretor de criação, durante coletiva em Londres | Neil Hall/ Reuters
Estafe do ‘show’ Rio-2016: Marco Balich, diretor, Leonardo Gryner, executivo, Daniela Thomas, diretor de arte, Cao Hamburger, produtor, e Abel Gomes, diretor de criação, durante coletiva em Londres| Foto: Neil Hall/ Reuters

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 defendeu ontem, em entrevista coletiva para a imprensa estrangeira em Londres, a manutenção do nome do ex-presidente da Fifa João Havelange ao Estádio do Engenhão, que receberá as provas de atletismo na próxima Olimpíada.

O encontro tinha como objetivo principal falar da festa de encerramento, com parte do evento a cargo do Brasil, país-sede dos próximos Jogos. Os brasileiros receberão amanhã a "bandeira olímpica", símbolo dado aos anfitriões.

Quando perguntando se o nome da praça esportiva não deveria mudar após as comprovações de que Havelange e seu genro, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, se envolveram em um caso de suborno na entidade que rege o futebol mundial, o diretor-geral da organização da Rio-2016, Leonardo Gryner, disse não haver por quê da alteração.

O dirigente lembrou que não cabe à organização decidir a nomenclatura, já que a praça esportiva pertence à prefeitura do Rio. Mesmo assim, enfatizou que a homenagem a Havelange, que, diante das denúncias, renunciou em dezembro do ano passado ao cargo de membro do Comitê Olímpico Internacional (COB) para não ser expulso, não mancha a imagem da Olimpíada brasileira.

"Não acredito que o fato de ter dado o nome do João Havelange ao estádio prejudique os Jogos. Temos muito orgulho do que ele fez pelo esporte, não só do Brasil, mas do mundo. E o que ele fez de errado, ele pagou na Justiça", enfatizou Gryner.

Perguntado também sobre Teixeira, que no começo do ano renunciou à presidência da CBF diante da pressão do escândalo de suborno na Fifa, o chefe da organização se esquivou novamente. "Em termos esportivos, temos orgulho da nossa herança presente e passada. E o Teixeira não era atleta. Nós nos orgulhamos de todos os nossos atletas", afirmou.

Duas semanas e meia antes da Olimpíada de Londres, documentos revelados pelo Tribunal Superior de Justiça da Suíça comprovaram que Havelange e Teixeira receberam suborno da empresa de marketing esportivo ISL na comercialização dos direitos de transmissão das Copas de 1990, 1994 e 1998. Segundo a corte da Suíça, cada um recebeu US$ 1 milhão para beneficiar a ISL.

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