A bandeira do Brasil está oficialmente hasteada na Vila Olímpica da Rio-2016. A cerimônia foi na manhã deste domingo (31), com a presença do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do presidente do Comitê Rio-2016 e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman.
A bandeira foi hasteada diante de cerca de 80 esportistas da delegação brasileira. Participaram atletas da canoagem slalom e das equipes masculinas de hóquei sobre a grama, handebol e ginástica artística. A principal ausência foi o campeão olímpico nas argolas Arthur Zanetti, que preferiu se concentrar nos treinos.
Do total de 465 atletas brasileiros na Rio-2016, 105 já estão hospedados na Vila Olímpica. Até o fim deste domingo, outros 21 devem chegar, do vôlei de praia, esgrima, ginástica artística e saltos ornamentais.
Os atletas foram recepcionados pela prefeita da Vila Olímpica, a ex-jogadora de basquete Janeth Arcain, prata em Atlanta-1996 e bronze em Sydney-2000, que está à frente da crise na Vila Olímpica. Após os problemas nas instalações elétricas e hidráulicas nos apartamentos da Austrália e de outras delegações, na última sexta (29), os australianos voltaram a reclamar quando houve um princípio de incêndio sem o alarme da vila ser acionado.
“Temos que mostrar ao mundo todo que somos capazes e essa é a nossa chance. Espero que vocês tenham momentos inesquecíveis dentro da vila”, discursou Janeth aos atletas brasileiros na cerimônia.
Após a apresentação de um grupo de dança que mostrou algumas das tradições do Brasil ao som de Jorge Ben, Tim Maia, Nação Zumbi, Novos Baianos e outros músicos, os atletas cantaram o hino nacional.
O fim da cerimônia foi marcada pela festa dos atletas, que dançaram e jogaram para o alto o mascote da delegação brasileira, a onça Ginga. O mascote dos Jogos, Vinícius, também entrou na festa.
“Aqui na Vila Olímpica a gente sente que está tudo acontecendo. Agora temos que focar e executar tudo o que treinamos para chegar até aqui”, afirma a mineira Ana Sátila da canoagem slalom, que treina há quatro anos em Foz do Iguaçu, no canal artificial da Hidrelétrica de Itaipu.
Sobre a expectativa dos atletas brasileiros para disputar a Olimpíada em casa, o chefe da missão brasileira, o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, prata em Los Angeles-1984, confia que o país vai alcançar a meta de ficar entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas na Rio-2016.
“Vamos superar nosso recorde de medalhas em uma edição de Jogos, que foi 17. Jogar em casa, com o apoio de sua torcida é algo inigualável. Por isso que todos os países que sediam os Jogos superam o seu próprio recorde de medalhas”, enfatiza o dirigente.
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